Laticínio pernambucano é referência na produção de leite A2A2, que tem melhor digestibilidade e não tem nenhum conservante
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Após se tornar, no início deste ano, o primeiro laticínio do Norte e Nordeste a obter a certificação de produtor de derivados lácteos das vacas A2A2, a Fazenda Polilac, em Garanhuns, Agreste pernambucano, conseguiu outro feito inédito. É a primeira do Brasil a produzir queijo coalho com o leite tipo A2A2. 

Além do leite e queijo coalho do tipo A2, tem em seu portfólio os iogurtes A2, comercializados nas versões natural, maracujá e morango. A distribuição de ambos os produtos estão, por enquanto, restrita aos municípios pernambucanos, mas a meta é expandir em breve para os estados vizinhos.

O leite A2 é considerado 100% natural, sem conservantes, de qualidade mais pura, com a presença apenas da proteína beta-caseína do tipo A2, ou seja, de acordo com estudos científicos, de mais fácil digestão por parte do organismo dos humanos do que a encontrada no leite tipo A1. 

Isso só é possível graças ao rebanho de vacas geneticamente selecionadas que só produzem o leite com essa classificação. A Polilac tem um rebanho guzolando próprio, uma raça que nasceu do cruzamento entre as raças Guzerá (zebuíno) e Holandês (taurino). A mistura reuniu as melhores características de ambas. 

De acordo com George Martins, veterinário e sócio do laticínio, o alimento é obtido do rebanho sem contato manual. “A ordenha é mecânica e o leite segue por tubulações diretamente para o compartimento onde passa por pasteurização, homogeneização e envase”, explica.

Atualmente, o laticínio Polilac produz 2,8 mil litros de leite diariamente. Desse quantitativo, 1500 mil litros são do tipo A2. segundo Waldemir Miranda, empresário responsável pelo laticínio, a meta é que os derivados lácteos da marca passem a ser responsáveis por 80% do leite produzido na fazenda, enquanto 20% sejam direcionados às empresas que comercializam o leite UHT embalados em Tetrapack.