Ou seja: começou o sexto mês do ano registrando a pior cotação de 2023, passou pelo melhor momento de comercialização do período enfrentando baixas e só no final da terceira semana (passagem da primeira para a segunda quinzena, quando o mercado passa, normalmente, a apresentar paulatino arrefecimento) é que voltou a registrar alguma reação.
Mas foi pouco, muito pouco. Pois, comparativamente ao preço inicial do mês, encerrou a terceira semana de junho com uma valorização que não chegou a 2%. E que, em relação ao mesmo dia do mês anterior, significou desvalorização de, praticamente, 10%.
Como resultado desse desempenho, a média de preço alcançada nas três primeiras semanas de junho – R$6,00/kg – ficou 8,81% e 22,28% abaixo das alcançadas, respectivamente, em maio passado e em junho de 2022. Corresponde, também, à menor média mensal dos últimos 33 meses.
Teoricamente, estas duas semanas finais de junho deveriam ser de novas baixas e, portanto, de um preço médio ainda inferior ao atual. Mas, analisando o ocorrido um ano atrás, neste mesmo mês, tem-se a sensação de que isso pode não ocorrer.
A propósito, vide no gráfico abaixo a evolução de preço do frango abatido entre os últimos dias de maio e o início do mês de julho de 2022. A estabilidade prevaleceu na maior parte do período, com a cotação girando em torno dos R$7,75/kg. Mas no penúltimo dia de junho iniciou-se processo de alta que culminou, dez dias depois (8 de julho) com um preço médio – R$8,20/kg – até hoje não superado. Por que não uma repetição, ainda que em bases bem inferiores?
Sob o cenário atual, a produção de aves vivas dos abatedouros (própria e/ou através de criadores integrados) tem sido mais do que suficiente para atender o fraco mercado. Daí a baixa demanda pelo frango proveniente de criadores independentes, cujo produto – tanto em São Paulo como em Minas Gerais – vem sendo remunerado desde o final de maio por, no máximo, R$4,50/kg.
Esse é o mesmo valor registrado pela última vez quase dois anos e meio atrás, ou seja, em fevereiro de 2021.