Na manhã de hoje (21/06), a 1ª Delegacia de Polícia Civil de Corumbá com apoio da Energisa e da Unidade Regional de Perícias de Corumbá deflagrou operação para identificar fraudes em medidores de energia de residências e comércios de Corumbá. Participaram da ação: 14 Policiais Civis, 02 Agentes da Polícia Cientifica, 06 Peritos Criminais e 40 funcionários da Energisa.
Segundo apurado, após investigações do Núcleo Regional de Inteligência (NRI), com dados da concessória de energia elétrica foram constatadas divergências de informações sobre o consumo de energia, razão pela qual as equipes policiais, peritos e de técnicos da Energisa foram aos imóveis para vistoria dos padrões de energia elétrica de mais de sete imóveis da cidade, nos quais foram constatadas as fraudes pela perícia oficial. Os moradores foram conduzidos à 1ª Delegacia de Polícia de Corumbá para os procedimentos cabíveis.
Ao todo foram 45 alvos mapeados, sendo que, até o momento, uma pessoa foi detida e levada para a delegacia.
Sobre o crime
O furto de energia pode configurar os crimes dos artigo 155 e 171, ambos do Código Penal brasileiro. Além disso, pode causar acidentes fatais em face das ligações clandestinas que podem provocar incêndios e explosões, sendo a segunda maior causa de morte no país relacionada à energia elétrica.
Outro fator de importância é que grande parte do prejuízo com as fraudes é direcionado mensalmente aos demais consumidores, que acabam arcando com parte do custo inerente à reposição das perdas decorrentes destas ligações clandestinas, que chegam a R$ 175 milhões, no Mato Grosso do Sul e que encarecem a conta em até 10%, conforme autorização da agência reguladora do setor, a Aneel.
As fraudes, mais conhecidas como “gato”, trazem sobrecarga da rede elétrica e podem piorar a qualidade do serviço prestado, deixando o sistema mais suscetível a interrupções e oscilações de energia.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), estima que as fraudes no Brasil são gigantescas, representando mais do que 31,5 mil gigawatts, o que pode sustentar imóveis em grande parte do Estado do Mato Grosso do Sul.