Com pouco mais de um terço da área de milho safrinha 2022/23 colhida, em Mato Grosso, as projeções de produção do cereal só melhoram e com elas, ampliam as estimativas de produção.
Ambos os indicadores apontam para números recordes que podem levar a safra a uma oferta global de 50,14 milhões de toneladas.
Além de inédito, o volume abre distância sobre a soja, tornando o “patinho feio” de até outrora em um protagonista do agronegócio mato-grossense.
De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a produtividade foi reajustada para 112,68 sc/ha, acréscimo de 2,39% ante a projeção divulgada no mês passado, ou de 10,45 sacas por hectare, ante a temporada 2021/22.
“Essa maior projeção de produtividade para a safra se deu em razão do bom desenvolvimento das lavouras até o final de junho”, apontam os analistas.
Eles observam ainda que os rendimentos das áreas que estão sendo colhidas vêm confirmando as expectativas de incremento.
“Dessa forma, com a manutenção da área e reajuste na produtividade do ciclo, a produção foi aumentada para 50,14 milhões de toneladas, alta de 6,69% ante o mês passado e 14,39% em relação ao fechamento da safra 2021/22”.
A área do cereal para a temporada se manteve em 7,42 milhões de hectares, aumento de 3,78% ante a safra 2021/22, assegurando superfície recorde a Mato Grosso.
Essa projeção de incremento em relação à safra passada é reflexo da demanda mais aquecida no início da semeadura para a temporada.
Ainda conforme o Imea, vale destacar que faltam mais de 60% das áreas de milho para serem colhidas no Estado e o rendimento da temporada pode ser reajustado até o final dos trabalhos a campo.
Mas a produção final aponta para um aumento de 3,14 milhões de toneladas ante a estimativa do mês passado e 6,30 milhões de toneladas a mais, quando comparado com o ciclo 2021/22.