Conforme apresentação, a tarifa da operação norte da Rumo, a partir de Rondonópolis (MT) até Santos (SP), girou em 205 reais por toneladas no primeiro semestre, enquanto o frete rodoviário para trazer o grão desde Sorriso até o terminal de Rondonópolis foi de 179 reais/tonelada.
Isso resultaria em um custo somado dos dois modais até o porto paulista de 384 reais/toneladas, versus um valor do transporte alternativo (rodovia/hidrovia/porto do norte) de 436 reais/tonelada.
Segundo o executivo, a empresa está de olho nas oportunidades para fechar a diferença existente entre a sua tarifa e as alternativas de logística, para que a Rumo avance em sua rentabilidade e continue fazendo os investimentos.
“O nosso objetivo para 2024 é fechar este ‘gap’… vemos o mercado com muita demanda, construtivo, e é isso que vamos buscar para 2024.”
Abreu ressaltou o forte crescimento da produção de soja e milho de Mato Grosso dos últimos anos, acrescentando que as projeções sempre acabam sendo superadas pela produção no campo.
O CEO disse que, diante disso, o que resta é fazer o investimento em Mato Grosso “o mais rápido possível”.
A Rumo já realiza obras dos primeiros 34 quilômetros no trecho de extensão da ferrovia até Lucas do Rio Verde.
“Estão sendo construídos… ano que vem a gente começa com mais 150 km de construção, que começa antes dos 34 terminarem”, disse ele, destacando que o objetivo é operar em 2026 o terminal de Campo Verde, que está 200 km ao norte de Rondonópolis.
Essas obras deverão gerar aumento do investimento da Rumo nos próximos dois a três anos, disse Abreu, explicando que o Capex será divulgado no momento oportuno.
Em 2023, a previsão é de Capex de 3,6 bilhões a 3,8 bilhões de reais. “Aqui já tem um investimento importante das obras da extensão de Lucas, mas o investimento de maior peso começa em 2024”, explicou.
O executivo também citou que a obra da primeira pera ferroviária da margem direita no porto de Santos está em processo, o que elevará fortemente a capacidade ferroviária para o maior porto do país.
Isso é importante, acrescentou, diante do aumento de carga que deve vir a partir do Mato Grosso.