O retrocesso, no mês, foi agudo: depois de se aproximar das 148 mil toneladas nos cinco primeiros dias úteis de setembro (média diária de 29.594 toneladas), nos cinco dias finais do mês o volume exportado mal passou das 55 mil toneladas (média diária de 11.061 toneladas), desempenho que representou queda de mais de 60% entre a abertura e o fechamento do período
É verdade que, na média dos 20 dias úteis do mês, a quantidade embarcada – 18.666 toneladas/dia – ainda registrou resultados positivos, apresentando aumento de 3,10% sobre setembro de 2022 e de 7,85% sobre agosto passado. Mas, infelizmente, este setembro foi mês mais curto: um dia útil a menos que setembro de 2022; três dias úteis a menos que agosto de 2023. Daí o volume final ter registrado aumento anual de apenas 2,5%, enquanto em relação ao mês anterior foi registrada queda que superou os 10%
A desaceleração nos embarques não foi o único fator negativo do mês: o preço médio registrou nova queda (de cerca de 2% sobre o mês anterior e de pouco mais de 14% sobre setembro do ano passado), retrocedendo ao mais baixo nível em mais de ano e meio. Puxou para baixo, claro, a receita cambial, mais de 12% inferior às obtidas em agosto de 2023 e em setembro de 2022. Foi, também, a menor arrecadação em quase dois anos.
A despeito do desempenho aquém do esperado no mês, o volume acumulado no ano permanece com evolução positiva, apresentando incremento de 8,5%. Embora em índices menores, o mesmo ocorre com a receita cambial, até aqui perto de 3,5% superior à acumulada nos nove primeiros meses de 2022. Só o preço médio segue com resultado negativo, a média entre janeiro e setembro registrando queda de quase 5% sobre idêntico período do ano passado.