Mês deve intensificar importações de nitrogenados

Mês deve intensificar importações de nitrogenados

As importações de ureia, um fertilizante nitrogenado usado na adubação do milho, devem aumentar em outubro devido às importações mais baixas ao longo do ano e à proximidade da safra de milho inverno 2023-24. De janeiro a agosto, houve uma queda de 12% nas importações de ureia em comparação com o ano anterior, totalizando cerca de 3,9 milhões de toneladas.

Dados portuários também indicam uma redução de aproximadamente 7% nas entregas de setembro em relação ao ano anterior. No entanto, em outubro, espera-se um aumento significativo nas importações, com um aumento de 45% em relação ao ano anterior, atingindo 862.000 toneladas, em comparação com as 595.516 toneladas recebidas no ano anterior, de acordo com informações de lineup.

Os agricultores estão adiando a compra de fertilizantes, esperando por uma melhoria na relação de troca para o milho. Em Rondonópolis, Mato Grosso, essa relação aumentou para 64,32 sacas por tonelada no final de setembro, comparada a 55,44 sacas por tonelada no ano anterior. O preço da ureia para importação e entrega nos portos brasileiros diminuiu para $395 por tonelada no final do mês, em comparação com $660 por tonelada no ano passado. Apesar da queda nos preços da ureia, a relação de troca melhorou devido à desvalorização do preço do milho. Em setembro de 2022, uma saca de 60kg de milho era negociada por R$71,25 em Rondonópolis, enquanto neste ano, o preço caiu para R$39,80.

“Considerando o cenário global, a expectativa é de manutenção de preços mais baixos da commodity agrícola, com o aumento da produção mundial, e de preços de nitrogenados firmes. A atenção global se volta aos mercados do Brasil e da Índia – dois importantes compradores de ureia –, que devem direcionar os preços globais desse fertilizante em outubro-novembro. A estimativa é que a Índia busque cerca de 2 milhões de toneladas de ureia para entrega até dezembro, para atender à safra de inverno, conhecida como rabi”, informou a Argus, empresa especializada na produção de relatórios e análises de preços, que foi quem divulgou os dados.