Vendas de etanol registram novo aumento na primeira quinzena de outubro
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Na primeira quinzena de outubro, as vendas de etanol totalizaram 1,26 bilhão de litros, o que representa aumento de 4,63% em relação ao mesmo período da safra 22/23. O volume comercializado de etanol anidro no período foi de 438,05 milhões de litros – queda de 8,52% – enquanto o etanol hidratado registrou venda de 825,72 milhões de litros – crescimento de 13,27%. 

No mercado doméstico, as vendas de etanol hidratado iniciam outubro totalizando 782,01 milhões de litros – variação de 15,95% em relação ao ano passado. Dados de preços de revenda publicados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para semana que se encerrou em 21/10 indicam que nas cidades correspondentes a 75% do consumo nacional de combustíveis, o etanol hidratado tem apresentado paridades atrativas.  

No estado de São Paulo esse percentual atinge 100% do consumo. A respeito das vendas de etanol anidro, o volume comercializado foi de 435,96 milhões de litros, o que representa uma variação negativa de 4,49%. 

Mercado de CBios  

Dados da B3 registrados até o dia 20 de outubro indicam a emissão de 26,21 milhões de CBios em 2023. A ANP confirmou, na semana passada, que apenas 90,4% da meta de descarbonização estabelecida para o ano de 2022 foi devidamente aposentada dentro do prazo estabelecido. Houve 50 agentes inadimplentes com o compromisso estabelecido pela Política, dos quais 43 se furtaram totalmente da responsabilidade de aposentar um único título. Essa situação é ainda mais constrangedora se recordarmos que houve um aumento de nove meses no prazo para aquisição dos CBios, que a oferta disponível superou a meta em uma quantidade considerável e que há distribuidoras cuja aposentadoria realizada no período já corresponde à meta para o próximo ano. 

O descompromisso para com a regulação deverá resultar em sanções ao agente regulado, conforme descrito no Decreto Nº 9.888 de 27 de junho de 2019. 

A partir de agora, o foco se volta para a meta do ano de 2023, cujo prazo para cumprimento se encerrará em 31 de março de 2024. Para o ano em questão, a meta estabelecida é de 37,47 milhões de CBios, que deveria ser acrescida da parcela não cumprida, ou postergada legitimamente, da meta de 2022. Assim, totalizando 41 milhões de CBios. 

Considerando todo o universo de créditos registrados na B3, esteja ele em posse do emissor ou da parte obrigada e não obrigada, o montante disponível atualmente já representa 94% da meta estipulada para 2023 – isto é, 35,2 milhões de créditos. Em posse da parte obrigada do programa RenovaBio há cerca de 21,40 milhões de créditos de descarbonização – dos quais 6,5 milhões já foram aposentados.  

Esse valor considera o estoque de passagem da parte obrigada em 2021 somada com os créditos adquiridos em 2022 e 2023, até o momento, subtraída a meta referente ao ano de 2022.