O curioso é que esse volume também corresponde ao adicional de apenas quatro Unidades Federativas (UFs): Paraná (adicional de 157 mil toneladas), Santa Catarina (54 mil toneladas), Goiás (34 mil toneladas) e Mato Grosso (25 mil toneladas). O que significa que o volume adicional exportado no período foi bem maior (313,5 mil toneladas a mais), mas acabou parcialmente neutralizado pela queda observada em 10 das 23 UFs exportadoras do período. Em conjunto, elas enfrentaram uma redução de 43 mil toneladas no volume embarcado.
Neste caso, a redução mais significativa em termos relativos foi a dos estados da Região Norte, cujo volume neste ano recuou 80%. Notar, entretanto, que a Região Norte é também a única a registrar valorização no preço médio – de 12,28%. Ou seja: a carne de frango exportada pelas demais Regiões do País vem obtendo, em 2023, preço inferior ao do ano passado.
É fácil constatar isso. Basta observar que os percentuais relativos à evolução da receita são inferiores aos percentuais relativos à evolução do volume. Assim, o preço médio no Sul recuou 4,55%, no Centro-Oeste perto de 1%, no Sudeste 2,20% e no Nordeste 21,19%.
O Paraná, por exemplo: líder imbatível, com 42% do volume total e 39% da receita global da carne de frango, aumentou suas exportações em, aproximadamente, 11%. Mas sua receita cambial permanece quase a mesma do ano passado, com incremento que não chega a 0,3%.