Cinco integrantes do grupo econômico 123 Milhas foram denunciados pelo Ministério Público de Minas Gerais. A promotoria informou que moveu uma Ação Penal Pública com o oferecimento das denúncias. Os nomes dos integrantes dos grupos ainda não foram divulgados e nem os crimes. As informações serão divulgadas ainda nesta manhã pelo Ministério Público Estadual.
A ação penal pública é referente aos atos dos administradores que teriam levado à suspensão de serviços como emissão de passagens, deixando clientes com prejuízo bilionário.
Segundo o MP, participaram das apurações contra o grupo, o Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Ordem Econômica, Tributária e de Defesa do Consumidor.
A crise do grupo 123 Milhas foi anunciada em agosto do ano passado. Foram suspensos pacotes de viagens e a emissão de passagens promocionais de clientes de todo o país. Ao todo, são mais de 800 mil pessoas lesadas, entre credores, consumidores e funcionários, num prejuízo que ultrapassa R$ 2 bilhões.
Além da 123 Milhas, também estão em recuperação judicial a Novum Investimentos, MM Turismo, Maxmilhas e Lance Hotéis.
No início deste mês terminou o prazo para que os consumidores prejudicados pelo grupo 123 Milhas consultassem a lista de credores com valores a receber. A partir de agora, quem tem valores devidos pela empresa precisa entrar com uma ação individual.
A 123 Milhas não comentou sobre as denúncias. A empresa informou que, neste momento, o grupo está focado em apresentar o seu plano de recuperação judicial no prazo estipulado pela Justiça. Informou que, desde o início, seus gestores têm contribuído com as autoridades, prestando as informações necessárias, em linha com os seus compromissos de transparência e de ética.
Por fim, defendeu que as empresas do Grupo 123 estão operando normalmente e têm como principal objetivo gerar recursos para honrar todos os compromissos financeiros com seus credores.
A 123 milhas deve apresentar seu plano de recuperação judicial até o dia 26 de dezembro.
