Uma publicação feita por corretor de imóveis de Maracaju, município distante 159 quilômetros de Campo Grande, chamou atenção pela “sinceridade”. Na postagem feita em rede social, Aurismar Franco afirma que “a partir de 2025 não atendemos mais petistas. Favor, não insistir nem para compra ou para venda. Obrigado pela compreensão”.
O empresário garantiu não ter “nenhum arrependimento” quanto à publicação, apesar do burburinho gerado na cidade. “Acredito na força da direita em Mato Grosso do Sul”, justifica.
Em entrevista ao jornal Campo Grande News , Aurismar contou que nunca se expôs publicamente quanto à ideologia política, muito menos que deseja mal a qualquer pessoa. Porém, diz que “não quer o mal perto de mim”, se referindo às pessoas que apoiam partidos de esquerda.
O corretor de imóveis pontuou que decidiu publicar a mensagem depois de muitos fatores. “A gente está cansado de pagar o pato por certas escolhas mal feitas. A gente tenta levar o certo pelo certo”, disse.
Para o profissional, o aumento em impostos aplicados pelo Governo Federal, que implica diretamente na atuação dele em compras e vendas de imóveis, tem prejudicado todo o mercado e o faturamento que possui através da imobiliária instalada em Maracaju.
“A gente perdeu 60% do faturamento no ano passado por conta de vários fatores econômicos. Aqui em Maracaju ainda tem o agro e a soja que vão dar uma melhorada na economia local. Se não fosse isso, eu nem sei o que a gente ia fazer”, afirmou.
Quando questionado se não possuía algum receio de perder ainda mais as vendas por conta da publicação, ressaltou que “não são meia-dúzia de gato-pingado que vão me prejudicar”
Aurismar destacou, ainda, à reportagem, que a “preferência é de não atender” mais nenhuma pessoa que se intitula “petista” ou “esquerdista”, e que a publicação foi o “jeito mais forte de desabafo” que encontrou.
Indo para o quarto ano de empresa no município, o empresário contou que os últimos dois anos têm sido pior do que esperava. “Desde que o Lula foi eleito, a gente acreditava que as coisas fossem estar ruins no último ano. Mas tudo piorou desde agora e a gente não aguenta mais isso. Eu não quero mudar da minha cidade, com a minha família, porque a economia está ruim. Não sou eu quem devo mudar, são eles”, disse.