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policial militar Fabiano Junior Garcia, de 37 anos, assassinou oito pessoas e cometeu suicídio na madrugada desta sexta-feira (15.jul.22), nas cidades de Céu Azul e Toledo, no interior paranaese. Com informações do g1.  

Garcia era lotado no 19° Batalhão da Polícia Militar (BPM) de Toledo, e iniciou a chacina após deixar o plantão, na noite da quinta-feira (14.jul.22). A polícia ainda não deu a ordem exata dos assassinatos, disse, entretano, que as mortes ocorreram entre às 23h e às 00h30 (entenda abaixo).

CINCO LOCAIS DOS ASSASSINATOS: 

A esposa Kassiele Moreira Mendes Garcia, de 28 anos e Amanda Mendes Garcia, enteada, de 12 anos, foram mortas dentro da casa da família, na Rua Rui Barbosa, no Centro da cidade de Toledo.

Na Rua Boa Esperança, na Vila Boa Esperança, o PM matou a própria mãe Irene Garcia, de 78 anos, e o irmão Claudiomiro Garcia, de 50 anos.

O policial matou dois jovens pedestres desconhecidos que andavam pela cidade. Um deles, Kaio Felipe Siqueira da Silva, de 17 anos, foi assassinado na Rua Getúlio Vargas, na Vila Boa Esperança e outro, Luiz Carlos Becker, de 19 anos, na Rua Paraíba, na Vila Paulista. 

O PM ainda dirigiu até a rural de Céu Azul e matou os dois filhos: Kamili Rafaela da Silva Garcia, de 9 anos, e Miguel Augusto da Silva Garcia, de 4 anos.

Por fim, o PM disparou um tiro na cabeça, dentro do seu carro, um GM Vectra, de cor branca, estacionado na Rua Rui Barbosa, em frente sua residência.

Em nota, a Polícia Militar do Paraná (PMPR) informou que o agente não tinha histórico de problemas psicológicos e trabalhava como motorista do Coordenador do Policiamento da Unidade (veja detalhes abaixo)

POSSÍVEL DINÂMICA 

A PM disse acreditar que, em Toledo, o homem tenha matado a esposa e a enteada de 12 anos. Depois, foi até a casa da mãe dele, onde a matou com facadas. O irmão dele também foi morto, mas com disparos de arma de fogo. 

Em seguida, a suspeita é que ele tenha se dirigido para Céu Azul, onde matou os dois filhos que moravam com a avó materna. As vítimas foram baleadas.

Depois, conforme a polícia, o homem retornou para Toledo, onde tirou a vida de dos jovens desconhecidos que estavam passando pela região.  

Por fim, o policial tirou a própria vida. O comandante-geral da Polícia Militar, Coronel Hudson Leôncio Teixeira, informou que o agente enviou diversas mensagens para os familiares no intervalo entre as mortes (veja abaixo)

O coronel disse que a Polícia Militar tomou conhecimento dos crimes e tentou prender o agente antes que ele retornasse para Toledo para matar a mãe, o irmão e outros dois jovens. “Os oficiais tentaram localizá-lo, foi mandado reforço para lá. Ele falou para um oficial que estava fugindo para Foz do Iguaçu, o que não era verdade. Foi tentado de todas as formas para dar voz de prisão a ele”, contou em coletiva à imprensa na manhã desta sexta-feira (15.jul).

CONFIRA NOTA DA POLÍCIA MILITAR 

A Polícia Militar está consternada e lamenta profundamente o ocorrido nas cidades de Toledo-PR e Céu Azul-PR. O policial militar que prestava serviços no 19º Batalhão em Toledo não tinha histórico que pudesse indicar problemas psicológicos e atuava como motorista do Coordenador do Policiamento da Unidade. Desde dezembro de 2020 a região conta com o apoio do programa PRUMOS, que disponibiliza atendimento psicológico e social aos militares e dependentes, com profissionais contratados para atuar nas Organizações Policiais Militares.

INVESTIGAÇÃO

“Ele mandou alguns áudios para a família e amigos explicando a situação, o que deu a entender como fator de motivação para toda essa tragédia seria o fato dele não aceitar a sua separação”, disse o comandante da Polícia Militar do Paraná (PMPR). 

 “Não havia qualquer registro de problema com ele na Corporação. Pelo que me repassaram era um excelente policial. Fiz questão de hoje pela manhã falar com o comandante direto dele. A função que ele exercia, era motorista do oficial de serviço, que é um cargo de confiança, onde são escolhidos os melhores policiais para exercer tal prática. Então, não havia qualquer indicação, a não ser essa questão da separação e de algumas dívidas”, comentou.

Segundo o comandante, um inquérito está sendo aberto pela Polícia Militar para seguir com as investigações sobre o caso. E os que restaram vivos da família estão recebendo apoio psicológico.

“Ele trabalhou normalmente. Saiu do serviço às 19h00 e ligou para o cunhado dele às 23h. O fato ocorreu entre às 23h e às 00h30, não sabemos se os primeiros homicídios foram às 23h00, mas ele teve tempo durante o deslocamento para se arrepender ou para não fazer tudo que fez. Então, eu presumo que ele já tinha um planejamento e infelizmente já estava decidido”, declarou o militar.

O comandante também falou sobre o apoio psicológico aos policiais que trabalharam na ocorrência e eram próximos de Fabiano. “Todos nós estamos abalados. A sociedade está abalada. Ele matou seis pessoas da própria família e duas pessoas que ele não conhecia. Obviamente, ontem já foi deslocado para Toledo todo o serviço de ordem social da PM para prestar o primeiro atendimento aos familiares e para conversar com os policiais que trabalharam no caso e que eram amigos dele”, informou.

Fabiano Junior Garcia tinha 37 anos e atuava desde 2010 na PMPR, ou seja, 12 anos trabalhando como Policial Militar.