Uma criança de apenas 3 anos foi levada ao hospital de Anastácio pela própria mãe, de 22 anos, apresentando ferimentos graves e sinais evidentes de desnutrição.
Diante da gravidade da situação, a equipe médica acionou o Conselho Tutelar e a Polícia Militar. Com informações do boletim de ocorrência, no dia anterior por volta das 20h, a PM já havia sido chamada ao hospital, onde conselheiros tutelares denunciavam um caso de maus-tratos contra a criança.
Segundo o médico plantonista que atendeu a criança, o menino apresentava diversas lesões pelo corpo, incluindo cabeça, queixo, braços e abdome, além de estar desidratado.
Devido à seriedade do quadro, foi necessária a transferência da vítima para a Santa Casa de Campo Grande.
Para os policiais, a mãe e a avó da criança entraram em contradição. A jovem alegou que havia deixado o filho sob os cuidados da sogra enquanto estava em uma fazenda. Já a sogra afirmou que a nora morava com ela há cinco meses e costumava agredir o menino, mas que não interferia na criação dele.
A mãe, por sua vez, mudou sua versão e acusou a irmã de cometer as agressões. Segundo ela, a tia do menino usava um cano de água e cadarço de tênis para bater e até amarrava a criança. Além disso, afirmou que todos que moravam na casa tinham conhecimento dos maus-tratos, mas nada faziam para impedir.
A irmã da mãe negou as acusações e afirmou que a verdadeira agressora era a própria jovem, além de relatar que o ambiente em que o menino vivia era marcado pelo consumo frequente de bebidas alcoólicas na sua presença.
Todos os envolvidos foram conduzidos à delegacia para prestar esclarecimentos, enquanto a criança ficou sob os cuidados do Conselho Tutelar.