A alta do preço do café tem feito alguns supermercados colocarem até grade para impedir o furto do produto, assim como acontece em artigos de luxo. A mercadoria, que antes podia ser vista com mais frequência nos carrinhos de compras, agora está “sobrando” nas prateleiras.
Segundo dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última sexta-feira, 11, o café moído está 77,78% mais caro do que há um ano, revelando a forte alta no preço em 12 meses.
Olhando para as cidades onde o IBGE coleta os dados do IPCA, há localidades em que o aumento foi maior do que 100%. Ou seja, o café moído está custando mais que o dobro em comparação a março de 2024.
De acordo com o gerente da pesquisa do IBGE, Fernando Gonçalves, a inflação do café foi “impulsionada pelo aumento do preço no mercado internacional dada a redução de oferta do grão em escala mundial, com a quebra de safra no Vietnã devido a adversidades climáticas, as quais também prejudicaram a produção interna”.
Estatísticas da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) mostram que o preço médio do quilo de café torrado e moído no varejo em março foi de R$ 64,80. Há um ano, em março de 2024, o preço médio era de R$ 32,90.
Regiões onde o preço do café mais aumentou em 12 meses, segundo o IPCA
- Belo Horizonte (MG): +100,72%;
- Goiânia (GO): +100,46%;
- Aracaju (SE): +91,95%;
- Vitória (ES): +88,96%;
- Curitiba (PR): +87,97%;
- Porto Alegre (RS): +87,65%;
- Rio de Janeiro (RJ): +84,93%;
- Brasília (DF): +82,39%;
- Salvador (BA): +81,11%;
- Brasil: +77,78%;
- Rio Branco: +77,24%;
- Fortaleza (CE): +76,58%;
- São Luís (MA): +76,53%;
- Campo Grande (MS): +74,93;
- Belém (PA): +71,55%;
- São Paulo (SP): +62,50%;
- Recife (PE): +57,86%.