A Polícia Civil, por intermédio da Delegacia Especializada de Repressão aos Roubos e Furtos (DERF), elucidou uma série de roubos praticados à mão armada, ocorridos na Capital. Os crimes teriam acontecidos no período compreendido entre o final de 2021 e início de 2022. Todos irão responder por roubo majorado pelo emprego de arma de fogo e concursos de pessoas.
Após intenso trabalho investigativo a DERF identificou, qualificou e prendeu três envolvidos, que praticavam os delitos na modalidade conhecida como “saidinha de banco”, nos quais criminosos observavam as vítimas de dentro das agências bancárias, sendo que aquelas que sacavam vultosas quantias, tornavam-se potenciais vítimas. Dessa forma, os criminosos, após escolher o alvo a ser assaltado, monitoravam à distância até o momento de melhor oportunidade, em que enquadravam a vítima, usando arma de fogo, com consequente subtração do malote de dinheiro.
Utilizando métodos diversos de investigação, a Polícia Civil chegou, inicialmente ao autor L.E.A.C. (36), que era o responsável por acompanhar de motocicleta a pessoa a ser roubada e dar a voz de assalto, mediante uso de arma de fogo. A autoridade policial responsável representou pela prisão preventiva do indivíduo, que foi cumprida no Estado de São Paulo, pois, ciente de que a DERF estava em seu encalço, acreditou que ir para outra Unidade da Federação o livraria de ser responsabilizado pelos seus atos.
O que chamou atenção da Polícia Civil foi a frieza com quem L.E.A.C. agia. Em um dos assaltos ele disparou a arma contra a vítima, sendo que o tiro atingiu o peito e a munição ficou alojada no ombro da vítima, configurando o crime de latrocínio tentado.
Destaca-se ainda que em uma de suas ações, L.E.A.C. foi alvejado por um policial civil ao tentar efetuar mais um roubo em frente a uma instituição bancária, e mesmo após estar ferido, continuou a praticar crimes, ficando evidente sua predileção pelo delito de roubo e por auferir dinheiro.
A partir da prisão de L.E.A.C. foi possível chegar ao demais componentes do bando, sendo preso também preventivamente L.A.P. (42), que tinha a função de observar as vítimas (“fiteiro” / “olheiro”), de dentro da agência e indicar à L.E.A.C., para que este último fizesse a abordagem na rua e procedesse com o assalto.
Também foi identificado e preso D.C.F. (25) que, em uma das subtrações praticadas pelo grupo, desempenhou a mesma função de L.A.P, indicando um malote a ser roubado.
Assim, foi representado contra D.C.F., que já se encontrava preso por força de mandado de prisão expedido diante de representação solicitada pela DERF, por estar envolvido em outro roubo de grande proporção, com o mesmo modus operandi. Dessa forma, ele foi requisitado do presídio, para o formal cumprimento do outro mandado de prisão preventiva.
O último envolvido nos crimes, B.W.C.S. (26), foi devidamente identificado, conforme consta no inquérito policial. Contra ele há dois mandados de prisão por roubos, ambos representados por autoridades policiais da Especializada, no entanto ele segue foragido.
O grupo agia de maneira coordenada e dividia o lucro obtido de maneira igual. Ao todo eles roubaram a cifra aproximada de R$ 250 mil.
Cumpre observar que a divulgação de nome e imagem de pessoas procuradas pelas autoridades públicas, com fim de responsabilização penal e elucidação do crime, notadamente imbuídas de interesse público, não são atingidas pela Lei 13.869/2019 (abuso de autoridade).
Dessa forma, a Polícia Civil segue disponível para qualquer tipo de informação que leve à localização e captura de B.W.C.S., através do telefone (67) 3368-6600 – DERF.