O produtor gaúcho deparou-se com custos menores de produção em janeiro deste ano em relação a dezembro de 2022, aponta em nota a Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (Farsul), que calcula o Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP). Segundo a entidade, o recuo em janeiro foi de 3,31%, e deu continuidade à sequência de quedas iniciada em junho de 2022.
A Farsul comenta, ainda, que a redução no preço dos fertilizantes é o principal fator a influenciar a queda, que atinge todas as culturas monitoradas. “O reflexo desse movimento de queda nos fertilizantes a partir da metade do ano está no IICP acumulado em 12 meses, que atingiu -12,14% até janeiro”, cita a entidade, salientando, porém, que os preços dos fertilizantes permanecem em patamares ainda superiores em relação ao início de 2021, quando esses insumos sofreram forte elevação de preços.
“Apesar de o ano de 2022 ter se encerrado com deflação dos custos de 9,55%, cabe lembrar que o ano anterior (2021) foi marcado pela safra mais cara da história, com registro de inflação dos custos de produção superior a 50%”, destaca a Farsul, em relatório. “O ano de 2023 começou dando continuidade para a tendência de queda dos custos, mas, observando o horizonte mais longo, os custos ainda se encontram em patamares mais elevados do que antes da subida de 2021.”
Já o Índice de Inflação dos Preços Recebidos pelos Produtores Rurais (IIPR), também calculado pela Farsul, subiu 0,18% no primeiro mês deste ano na comparação com dezembro de 2022. As principais altas ocorreram com arroz e milho. “Os preços apresentam a tendência de alta, acumulando, até dezembro de 2022, 10,36% de alta”, diz. Já em janeiro deste ano, o acumulado de 12 meses soma 3,9%.