[ALERTA: este texto aborda assuntos delicados como estupro e violência contra a mulher, podendo ser gatilho para muitos. Indicamos que se você ou algum familiar estejam enfrentando crimes como estes é de extrema importância que você procure à polícia, discando 180, ou via WhatsApp no número (61) 99656-5008. A denúncia também pode ser feita pelo Disque 100, que apura violações aos direitos humanos]
Brooke Shields foi uma das grandes estrelas de Hollywood durante os anos 80/90 e fez história com seu papel de Emmeline Lestrange, no clássico “A Lagoa Azul”. Hoje, com 57, a atriz é a nova capa da revista americana People e revelou pela 1ª vez que foi vítima de uma abuso sexual quando ainda estava estreando no âmbito do cinema.
“As pessoas não acreditavam nessas histórias naquela época. Achei que nunca mais trabalharia”, afirmou Brooke.
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A artista também comentou sobre o crime em seu documentário, “Pretty Baby”, que estreia no dia 3 de abril, no Hulu: “Fazendo o documentário, você vê tudo junto, e é um milagre que eu tenha sobrevivido. Levei muito tempo para processar isso”
“Estou com mais raiva agora do que naquela época. Se você está com medo, está com razão. São situações assustadoras. Elas não precisam ser violentas para serem assustadoras”, complementou.
Tudo começou com um simples convite para jantar de um executivo de Hollywood. “Achei que estava conseguindo um filme, um emprego”, contou. Para ir embora, ele pediu para que ela chamasse um táxi de seu quarto de hotel. Lá, ele a agrediu. “Eu não lutei. Eu simplesmente congelei”, relembrou;
Após ser estupro, Brooke ficou se sentindo muito culpada. “Eu ficava dizendo: ‘Eu não deveria ter feito isso. Por que eu subi com ele? Eu não deveria ter bebido no jantar’. (…) Lutar não era uma opção, então você apenas deixa seu corpo. ‘Você não está lá. Isso não aconteceu’”.
Atualmente, Brooke quer compartilhar a história para dar força à outras mulheres que podem passar pela mesma situação: “Todo mundo processa seu próprio trauma em uma linha do tempo diferente. Quero defender que as mulheres possam falar a verdade”.
