Balanço mais ajustado pode dar tração aos preços do arroz no médio prazo – Itaú BBA
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Essa redução do suprimento interno do cereal pode fazer com que os preços ganhem tração após o momento da colheita quando o volume do cereal se consolidará. Preços poderão convergir para a paridade de importação, visto que a disponibilidade interna menor poderá fazer com a que a indústria precise adquirir mais produto no mercado externo.

Mercado mexicano “fechado para balanço”. O acordo entre os governos mexicano e brasileiro para comercialização de arroz sem tarifa se encerrou no último mês de fevereiro. As exportações em fevereiro já não tiveram como destino o país latino-americano. A questão do setor exportador do cereal é se o acordo será renovado, uma vez que o principal fornecedor, os EUA, vão aumentar a área de arroz segundo o USDA, mas ainda em níveis historicamente baixos em detrimento da competição com margens de outras culturas e em função dos níveis dos principais afluentes hídricos baixos. Esse pode ser um fator que pode dar extensão do acesso ao Brasil.

O cenário para o produtor é positivo, mas alguns pontos merecem atenção. Ainda há cereal da última safra nos armazéns e, se as exportações não caminharem numa janela até o plantio da próxima safra, o mercado pode perder força, como visto há dois anos, em que os preços da entressafra foram menores do que os da safra.

Dado esse panorama, a comercialização do produto ao longo dos meses em margens significativas diminui o risco de exposição a uma eventual queda do cereal no momento da entressafra. Além disso, as relações de troca com fertilizantes estão em níveis interessantes para aquisição já para a próxima safra, melhorando os níveis de margem para a temporada 2023/24.

As informações são do Boletim Agro Mensal do Itaú BBA.