Os dados foram compilados pela Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (NovaBio). Segundo a NovaBio, o volume está 5,5% acima do registrado há um ano, quando 53,05 milhões de toneladas foram esmagadas. A entidade congrega 35 usinas e destilarias de etanol em 11 Estados brasileiros.
O presidente-executivo da NovaBio, Renato Cunha, ressalta que as chuvas intensas em fevereiro e março atrasaram o calendário de moagem na região Norte e Nordeste e que a safra se estenderá no mês de abril. “O processamento deverá fechar o ciclo atual com a produção recorde de mais de 58 milhões de toneladas, volume que supera em 8% os números do período 2021/2022”, afirmou Cunha, que também preside o Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool do Estado de Pernambuco (Sindaçucar/PE).
A fabricação de açúcar até a primeira quinzena de março ficou 7,5% acima do verificado em igual período do ano anterior, com 3,07 milhões de toneladas. Segundo o presidente-executivo da NovaBio, a produção deverá ser encerrada com 3,19 milhões de toneladas, 10,4% acima de 2021/22.
No que se refere ao etanol, o crescimento anual da produção estava em 2,2% até a primeira quinzena de março, a 2,15 bilhões de litros ante 2,10 bilhões de litros no mesmo período da safra anterior. A expectativa é de que, ao fim da moagem atual, a produção do biocombustível seja de aproximadamente 2,34 bilhões de litros, volume 8,4% superior aos 2,16 bilhões de litros verificados na safra passada.
O anidro avançou 14,7% ante 2021/22, somando 1,17 bilhão de litros produzidos até o momento. Até a primeira quinzena de março, a produção de hidratado, em contrapartida, estava 10,2% abaixo do ciclo anterior, com 975 milhões de litros ante 1,08 bilhão de litros entregues em igual ciclo de 2021/22. Em compensação, o estoque físico do produto avançou 5,53%. São mais de 137 milhões de litros armazenados ante 130 milhões de litros registrados no mesmo período da moagem anterior.