Exportação de milho: Se aproveitando de vendas efetuadas em 2022, março/23 se encerra com volume 9.251% maior do que março/22
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O mês de março chegou ao final com o Brasil acumulando exportação de 1.335.257,5 toneladas de milho não moído (exceto milho doce), de acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex). 

Sendo assim, o volume acumulado nos 23 dias úteis do mês representa 9.251% mais do que o total de 14.278,9 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de março de 2022.

Com isso, a média diária de embarques ficou em 58.054,7 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representa elevação de 8.844,7% com relação as 649 do terceiro mês de 2022.

Para o total de março, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) estimava exportação de 900 mil toneladas neste momento e que os embarques do cereal entram em um período de menores volumes, uma vez que a soja está dominante nos portos em função da colheita da safra.  

O analista de mercado da SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, destaca que os grandes volumes embarcados nestes três primeiros meses do ano são resquícios de compras efetuadas ainda em 2022 e que há poucos negócios novos sendo efetuados neste momento. 

“O mercado de exportação brasileiro vai começar a partir de julho e vai encontrar ainda, nos portos, muita soja sendo embarcada, na logística muita soja sendo transportada e no mercado internacional preços mais baixos. Então eu acredito que a exportação do segundo semestre, claro que ela vai ser boa, mas acho difícil repetir 2022 em volumes. 40 ou 45 milhões de toneladas é um número plausível para 2023”, diz. 

Em termos financeiros, o Brasil arrecadou um total de US$ 403.213,8 milhões no período, contra US$ 6,181 milhões de todo março do ano passado. O que na média diária, deixa o atual mês com aumento de 6.138,9% ficando com US$ 17.531 milhões por dia útil contra US$ 281 mil no último mês de março.                          

Por outro lado, o preço por tonelada obtido recuou 30,2% no período, saindo dos US$ 432,90 no ano passado para US$ 302,00 no mês.