Apresentadora do telejornal “Bom Dia, RN”, exibido na InterTV, afiliada da Globo, Anne Marjorie revelou que sofreu um ataque cardíaco. A jornalista estavana emissora, no Rio Grande do Norte, quando sentiu os primeiros sintomas.
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Ela foi levada imediatamente para o hospital, onde permanece internada desde o último dia 03 de abril. Anne ainda vai passar por uma cirurgia nos próximos dias, mas acredita que o pior já passou.
“O médico disse: ‘Ela vai sentir uma quase morte, precisa reiniciar o coração dela’”, contou Anne.
O namorado da jornalista se manteve todo o tempo ao lado dela: “Ele viu a equipe toda em cima de mim para me reanimar. Sem sucesso, mais outras tentativas”, disse.
Em seu perfil no Instagram, a jornalista detalhou o processo de sua internação e revelou que chegou a ser levada para uma sala de reanimação. “A partir desse momento, a clareza do quadro. Comecei a sentir tudo, entendendo o processo”, escreveu.
Ela descreveu como se sentia: “A dor intensa no braço esquerdo, a muscular cada vez mais curta, dor no peito, sentimento de morte, lábios latejando, aceleração, vista, câmara, ânsia de vômito e, sobre tudo isso, a paz. Existia paz dentro de mim, essa paz vinha de dever cumprido”, acrescentou.
O próximo passo é uma cirurgia nos próximos dias. Escrevo emocionada, acho que meu coração aguenta, né? Bom, o que me manteve serena, em paz e pronta para o que fosse, foi a certeza que fui a melhor Anne para todas as pessoas que cruzaram a minha vida.
A apresentadora continuou: “Eu não carregava dívida, carregava justiça, coragem e compaixão. E como é única a possibilidade de quase ir e pensar: Deus, obrigada por ter me colocado em lugares espinhosos e mesmo assim, ter conseguido viver o verbo amar, com todas as minhas imperfeições”, filosofou.
QUEM É ANNE MARJORIE
Aos 40 anos, a comunicadora Anne Marjorie passou parte de sua vida sofrendo violações. Foi agredida por seu ex-parceiro, recebia comentários de relativização da violência e chegou a perder todos os bens.
Para ela, a dor da violência é semelhante a de soldados que foram para a guerra e sofreram estresse pós-traumático. Ao se ver livre do seu agressor, começou a contar sua experiência para outras pessoas, criou o “Movimento Esperançar” e chegou a tentar uma vaga como deputada estadual no Rio Grande do Norte para levantar suas bandeiras.
“Eu fui uma criança que teve uma infância muito desrespeitada. Fui crescendo e em todos os espaços que eu ocupava, é como se esses abusos se repetissem”, lembrou.
Um relacionamento, contudo, foi a “linha máxima” da violência doméstica: “Fiquei entre a vida e a morte, sofri todos os tipos de violência: sexual, moral, patrimonial, perdi tudo”, descreveu.
Ela contou que, ao frequentar a igreja naquele período e receber comentários de que o marido iria “mudar”, se sentia ainda mais agredida por falta de acolhimento.
“Se eu pudesse fazer um raio x no meu corpo naquela hora, era como se ele estivesse todo esfaqueado. Era essa a sensação que eu tinha. Tudo doía. Eu me deitava, doía. Eu pegava meu filho, doía. Mas eu olhava para aquela criança e ia dizendo: ‘é aqui que está minha fonte de esperança’”.
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