O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 0,92%, negociado a 20,48 cents/lb, com máxima em 20,69 cents/lb e mínima de 20,42 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve queda de 0,77% no dia, a US$ 580,60 a tonelada.
O mercado estende perdas com operadores atentos para a safra 2023/24 do Centro-Sul do Brasil. A informação mais recente veio da consultoria StoneX, que revisou para cima seus números, e passa a ver quase 600 milhões de toneladas de moagem.
A consultoria elevou sua estimativa de janeiro (588,2 milhões de toneladas) para 592,1 milhões de toneladas. Isso representa um salto de 6,2% na comparação com a temporada anterior.
“As condições climáticas começaram a melhorar para os canaviais brasileiros, e o último trimestre de 2021 voltou a registrar um aumento considerável nas precipitações da região, cenário que perdurou durante o ano de 2022. Sendo assim, o mercado sucroenergético mantém o otimismo evidenciado na safra atual para o próximo ciclo, que terá início no segundo trimestre de 2023”, relata a StoneX.
Como viés positivo aos preços, as safras asiáticas também são monitoradas.
Do financeiro, a pressão para o açúcar veio do petróleo. O óleo bruto segue sua trajetória baixista dos últimos dias devido a preocupações com o setor bancário global e um aumento potencial nas taxas de juros dos Estados Unidos.
O óleo impacta diretamente na decisão das usinas sobre a produção de açúcar ou etanol com base no que estiver mais rentável.
Mercado interno
Os preços do açúcar trabalham sem clara direção no mercado spot. Porém, agentes detalham que a liquidez é baixa. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, foi negociado a R$ 132,26 a saca de 50 kg e queda de 0,32%.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 146,73 a saca e alta de 4,71%, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 21,64 c/lb e desvalorização de 0,43%.