Enquanto a colheita de milho acontece, os produtores brasileiros enfrentam o desafio imaginado no início da temporada: a falta de espaço nos silos para armazenamento do grão. Segundo o último boletim de progresso da safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os estados de Mato Grosso, Goiás e Pará têm sofrido com essa questão.
O cenário desafia os produtores a buscarem soluções para o armazenamento, enquanto tentam manter o ritmo da colheita e a produtividade da safra. No Mato Grosso, principal estado produtor, a colheita está progredindo de maneira satisfatória. Contudo, as produtividades excepcionais têm levado a interrupções pontuais na colheita devido à insuficiência de espaço nos armazéns.
Em Goiás, a situação é semelhante. A falta de espaço para armazenar a safra tem causado um atraso na colheita em relação à safra passada. No Pará, a limitação no armazenamento também restringiu o avanço da colheita, apesar da redução das precipitações.
No Paraná, a colheita foi interrompida devido às chuvas intensas em diversas regiões, e fortes ventos causaram o tombamento de lavouras em algumas áreas do estado.
Em Mato Grosso do Sul, a colheita está ocorrendo a passos lentos, com produtores aguardando a redução natural da umidade dos grãos. Em São Paulo, a situação é mais favorável: as chuvas têm beneficiado as lavouras semeadas tardiamente.
Em Minas Gerais, a colheita avança de maneira regular em todas as regiões. No Triângulo Mineiro, os produtores aceleram os trabalhos para evitar tombamentos de plantas, comuns devido aos fortes ventos de agosto.
No Tocantins, as operações de colheita avançaram em todas as regiões, com o estado atingindo 75% da área semeada.
No Piauí, apesar de algumas áreas sofrerem redução no rendimento devido ao deficit hídrico, a maioria das lavouras se estabeleceu em boas condições, com o clima seco favorecendo o avanço da colheita.
No Maranhão, a colheita do milho safrinha está progredindo em todas as regiões produtoras.
Em comparação com a safra passada, a colheita do milho safrinha tem mostrado progresso em quase todos os estados. Considerando todos os nove estados, a porcentagem de colheita aumentou de 39,3% na semana anterior para 47,9%, mostrando uma evolução significativa, ainda que abaixo da média de 59,6% da safra passada.
Em Goiás, apesar do atraso na colheita devido à falta de espaço nos armazéns, houve um aumento significativo na porcentagem colhida, saltando de 19,0% na semana anterior para 35,0%. No entanto, ainda está aquém da safra passada, que registrou uma colheita de 60,0%.
No Piauí, a colheita também avançou, passando de 28,0% na semana anterior para 46,0%. Esta porcentagem representa um aumento em relação à safra passada, que registrou 40,0% de colheita.
O Tocantins também teve progresso significativo, alcançando 75,0% de colheita, um salto de 15% em relação à semana anterior. Ainda assim, essa porcentagem está um pouco abaixo da safra passada, que registrou uma colheita de 87,0%.
Em São Paulo, os números permaneceram estáveis em 2,0%, muito abaixo dos 15,0% registrados na safra passada. Já Minas Gerais manteve a mesma porcentagem da safra passada, com 30,0% da colheita realizada.
No Maranhão, houve um leve aumento em relação à semana anterior, passando de 50,0% para 52,0%. Porém, está ainda abaixo dos 75,0% alcançados na safra passada. O Mato Grosso do Sul apresentou um avanço mínimo, com a porcentagem de colheita aumentando de 7,0% para 8,0%, um desempenho ainda inferior aos 19,0% da safra passada.
O Mato Grosso, por outro lado, continuou a se destacar com um desempenho superior à média. A colheita aumentou de 67,7% na semana anterior para 79,5%, aproximando-se do impressionante registro de 90,3% da safra passada.
O Paraná teve um pequeno avanço, passando de 4,0% para 6,0%. Contudo, a porcentagem ainda está distante dos 30,0% da safra anterior.