“Apesar da tão esperada redução nos custos de produção, a perda de rentabilidade devido à forte queda dos preços do carioca, bem como o excesso de chuvas na Região Sul do país e a forte estiagem no Norte e Nordeste, são os principais fatores de incentivo para um recuo da área brasileira de feijão da classe cores”, explica o analista e consultor de SAFRAS & Mercado, Evandro Oliveira.
Ainda assim, a produção brasileira do grão não deverá sofrer um impacto tão contundente, tendo em vista também a importante recuperação das produtividades médias nos estados do Centro-Oeste e Sudeste do país. A produção deve cair 2,67%, ficando em 1,84 milhão de toneladas na safra 2023/24, ante 1,891 milhão de toneladas em 2022/23.
De acordo com projeções climáticas, o fenômeno El Niño, atualmente em forte intensidade, deve atingir seu pico entre os meses de novembro e dezembro. Ainda conforme as previsões, a probabilidade de neutralidade supera a de El Niño apenas em meados de maio e julho de 2024.