As últimas safras têm sido desafiadoras para o produtor e seus cafezais e as consequências de safras baixas são sentidas até o momento. Assim é a vida da lavoura em campo aberto, repleta de desafios. Atualmente as lavouras estão se recuperando da geada e da seca, assim como os cafeicultores, que atuam firmemente para que todo manejo realizado ocasione sucesso no desenvolvimento da lavoura.
Mas onde a irrigação entra nessa conversa?
A irrigação localizada é uma ferramenta que veio para somar e viabilizar a produção de café. É uma aliada ao produtor rural, que ameniza os estresses sofridos pela planta, dando mais conforto e resultando em maiores produtividades da cultura. A irrigação é o ato de disponibilizar para a planta o insumo mais necessário para o desenvolvimento de qualquer cultura, a água. Esse insumo é necessário para a fotossíntese, translocação de fotoassimilados e transporte de nutrientes. Com a ausência desse recurso é possível a presença de perdas em produtividade de café.
Mas como saber se eu estou realmente irrigando da maneira correta?
Existem diversas ferramentas de monitoramento de solo, clima e planta, que podem guiar o cafeicultor na assertividade do manejo hídrico da lavoura. Essas ferramentas mostram o quanto a planta perdeu de água em um dia (lembrando que é necessário realizar o ajuste do Kc de acordo com a cultura e fase fenológico).
Ainda, existem diversas literaturas que podem ser usadas como referências de acordo com a textura do solo, classificação do solo, para chegar em pontos de capacidade de campo e ponto de murcha permanente.
Além dos sensores, a análise visual é imprescindível, olhar a lavoura e conferir o resultado que os sensores evidenciam. Um manejo hídrico da cultura bem-sucedido confere em monitorar, analisar as ferramentas e tomar a decisão correta, o quanto e quando irrigar a lavoura.
Por Amanda Carlos, Especialista Agronômica da Netafim