O uso de máquinas agrícolas é fundamental para a realização de plantios, operações de pulverização e fertilização e para a colheita de lavouras. Por isso, imprevistos que prejudiquem o funcionamento das máquinas podem ter um severo impacto na qualidade das operações e no planejamento de safra. Entre os meses de janeiro e fevereiro, por exemplo, a quebra de uma colheitadeira ou trator pode atrasar a colheita da soja e deixar os grãos à mercê do clima por mais tempo no campo, prejudicando a qualidade desses produtos.
A intensificação de uso do maquinário durante a colheita da safrinha de milho, em meados de junho a agosto, também eleva os riscos de acidentes. Dessa forma, os agricultores precisam prevenir esses problemas com boas práticas de manutenção do maquinário, prezando pela boa lubrificação e substituição dos componentes desgastados, além de investir em um seguro para minimizar prejuízos financeiros quando houver acidentes ou colisões.
De acordo com uma amostragem de 1.000 sinistros registrados no período entre 2019 e 2022, a FF Seguros mapeou os principais riscos que causaram a interrupção dos trabalhos de campo com máquinas e implementos, provocando a perda total do equipamento segurado ou gerando a necessidade de indenização ao produtor pelos reparos realizados.
Conforme o dados do ranking da FF Seguros, as colheitadeiras foram as máquinas que mais sofreram acidentes ou colisões, representando 34,3% das ocorrências analisadas no levantamento. “Em sua maioria, os sinistros ocorrem devido aos acidentes por variados motivos, como batidas e a entrada de pedras e pedaços de madeira na plataforma da colheitadeira que acabam danificando componentes”, diz o Guilherme Frezzarin, superintendente de agronegócio da seguradora FF Seguros.
Após colisões ou acidentes, que foram a causa de 29% dos casos de colheitadeiras sinistradas, os incêndios foram o segundo maior fator de risco, com 9,7% do total de sinistros de colheitadeiras. A origem do incêndio é variada, podendo ser desde um curto-circuito no painel de controle até uma batida em um poste da rede elétrica ou qualquer contato com fios de alta tensão.
Os tratores ocuparam o segundo lugar no ranking de máquinas agrícolas sinistradas, com 27,5% do total registrado pela FF Seguros. A causa predominante foi representada por acidentes ou colisões, com 54% do total de sinistros de tratores da amostragem analisada. “Os tratores são fundamentais para rebocar e transportar cargas e implementos. É a máquina mais versátil, estando sempre presente nas operações agrícolas em vários momentos durante a safra. Justamente por essa razão, por ser a máquina mais utilizada no campo, o trator fica mais exposto às ocorrências de acidentes e recomendamos que seja protegido por seguro”, comenta Frezzarin. Segundo o superintendente, plataformas de corte, que representaram 10,8% do total de sinistros, e pulverizadores, com 9,5%, também costumam ser bens que demandam a proteção dos seguros.