Consumo de milho para etanol deve crescer 25% na safra 2023/24

Consumo de milho para etanol deve crescer 25% na safra 2023/24

“Esperamos que o etanol do cereal represente 17% da produção total do biocombustível, a qual projetamos em 31,7 bilhões de litros, versus uma participação de 15% na temporada anterior”, disseram os analistas do banco em relatório.

Isso porque o avanço da capacidade de produção de etanol utilizando o milho faz com que o consumo da matéria-prima para essa finalidade siga crescendo ininterruptamente no país.

Citando dados da União Nacional de Etanol de Milho (Unem), o Itaú BBA destacou que o Brasil possui 20 usinas para a produção do biocombustível que utilizam o cereal como matéria-prima, quase todas localizadas na região Centro-Oeste, sendo 11 plantas em Mato Grosso, sei em Goiás, uma em Mato Grosso do Sul, uma no Paraná e uma em São Paulo.

Dessas 20 unidades, nove são exclusivamente de milho, enquanto as demais produzem etanol de cana-de açúcar e de milho, denominadas usinas flex. Além de ter a possibilidade de trabalhar com as duas matérias-primas, as usinas flex processam a cana durante o período de safra e alternam para o milho na entressafra da cana, eliminando a ociosidade da fábrica.

“Para os próximos anos, a expectativa é de que a capacidade de produção de etanol de milho siga expandindo no Brasil, tendo em vista o apelo ambiental dos biocombustíveis, a perspectiva de continuidade da expansão da produção nacional do cereal e os projetos que já estão previstos e em execução”, estimou o banco.

Atualmente, há oito plantas do setor em expansão e sete em construção, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e da NovaCana. A maioria dos projetos em construção se localiza na região Centro-Oeste, sendo quatro em Mato Grosso e duas em Mato Grosso do Sul. Além desses, há uma planta sendo construída em São Paulo.

“Levando em conta os investimentos já previstos, segundo a Unem, a capacidade de produção de etanol de milho do Brasil passará a 9,6 bilhões de litros por ano em 2030/31”, afirmou o Itaú BBA sobre a perspectiva de longo prazo.