Em fevereiro, pela primeira vez em 15 meses, a receita gerada pelas carnes exportadas pelo País apresentou resultado negativo em relação a idêntico mês do ano anterior. Decorrência, exclusivamente, do desempenho da carne bovina, que já operando em um mercado internacional visivelmente fraco, vê sua situação agravar-se com a interrupção de remessas para o mercado chinês.
No caso, as perdas enfrentadas pela carne bovina estenderam-se também ao volume embarcado e ao preço médio registrado. Este, ficou mais de 13% aquém do registrado há um ano. E o volume, que pela média diária retrocedeu perto de 16%, fechou fevereiro com retrocesso de mais de 20%.
Em valores relativos, foi da carne suína o melhor desempenho. Pela média diária, o volume embarcado aumentou mais de 15%, proporcionando um total mensal quase 10% superior. E como o preço alcançado ficou perto de 15% acima do obtido em fevereiro de 2022, a receita cambial, quase um terço maior pela média diária, aumentou cerca de 25% no mês.
Mas quem ficou à frente tanto em volume como em receita foi a carne de frango. Cerca de 10% maior pela média diária, o volume embarcado no mês – 353.422 toneladas – aumentou 4% e correspondeu a, quase, 65% das cerca de 550 mil toneladas exportadas no mês.
E uma vez que o preço médio obteve valorização anual de mais de 9%, a receita decorrente, 20% superior pela média diária, aumentou perto de 14%, correspondendo a 46% da receita total das carnes (a receita da carne bovina representou 42% do total e a da carne suína 12%).
Nada disso, porém, impediu que o volume total exportado no mês também ficasse negativo. Ele recuou 2,18% em relação a fevereiro de 2022, fazendo com que a receita global apresentasse queda anual próxima de 10%. Foi o resultado mais fraco dos últimos 15 meses.