O Chile segue ampliando sua pauta de exportações para o Brasil, seu principal parceiro comercial na América Latina. Em 2022, o embarque de produtos chilenos para o Brasil somou US$ US$ 2,8 bilhões, alta de 21,4% em relação a 2021. Os dados são do ProChile – instituição do Ministério das Relações Exteriores do Chile, mostrando que os destaques ficaram não só por conta do segmento de alimentos e bebidas, mas também do setor de serviços.
Só as exportações de alimentos do Chile para o Brasil em 2022 registraram embarques de US$ 1,3 bilhão, o que representa um crescimento de 21,9% em relação a 2021.
Entre os principais produtos alimentícios aparecem as exportações de alimentos do mar, que totalizaram US$ 807,1 milhões (20,27%), com destaques para salmão fresco, com US$ 31,65 milhões (176,54%), truta, com US$ 230,8 mil (424,76%), caranguejos, US$ 1,5 milhão (108,25%), óleos de pescados, US$ 15 milhões (64,35%).
Há também a cesta de frutas frescas, com US$ 123,15 milhões (78,71%), com destaque para maçãs, que somaram US$ 9,4 milhões (19%); ameixas, damascos e cerejas, US$ 19 milhões (27%), framboesas e amoras, US$ 2,5 milhões (136%). Já as hortaliças frescas somaram US$ 15,35 milhões (282,79%); cebolas e alhos, US$ 10 milhões (222%). As vendas de frutas secas, como a ameixa, totalizaram US$ 8,6 milhões (37%). Quando se trata de carnes, as vendas somaram US$ 14,97 milhões (48,51%), com destaque para a carne de porco que somou US$ 7,2 milhões (113%).
“A proximidade terrestre entre os dois países é fator positivo a colaborar para o envio dos produtos chilenos. Por exemplo, uma carga de salmão do Chile chega a São Paulo em quatro dias. Além disso, o salmão chileno tem características que atraem a confiança do consumidor brasileiro que está atrelada a manutenção da boa relação comercial entre os dois países”, conta Hugo Corales, diretor de ProChile.
Ainda de acordo com a instituição, no segmento de bebidas, entre os principais produtos embarcados para o Brasil em 2022 aparecem o de vinhos envasados, com US$ 1,8 milhão (0,99%), com destaque para vinhos tintos Pinot Noir, US$ 4,2 milhões (8,16%), Sauvignon branco, US$ 8,9 milhões (12,5%), Carbenet francês, US$ 507, 9 mil (9,22%) e espumantes, US$ 1,3 milhão (79,66%).
O país andino detém hoje 44,29% de participação no mercado brasileiro, com o Brasil representando o 24º lugar de destino dos vinhos chilenos. Em primeira posição está a da China, com US$ 232 milhões.
“Além da versatilidade, qualidade e sabor que os vinhos chilenos conferem, a razão para esse resultado está em o Chile ser um dos principais parceiros comerciais do Brasil e se posicionar como país de origem de vinhos Premium, ricos em diversidade, qualidade e sustentáveis. O acordo de livre comércio em vigor entre os dois países desde janeiro de 2021 permite que os produtos exportados estejam isentos da tarifa de importação. E para este ano, vamos intensificar a presença dos produtos alimentícios chilenos em mais regiões do país, como Nordeste e Amazônia onde a participação do Chile nessa cesta de consumo ainda é menor”, conta Corales.