Fider Pescados cria área de preservação de espécies animais em extinção em Rifaina (SP)
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Tamanduá-bandeira, Papagaio-galego e Saracura três-potes. Estas e outras espécies de mamíferos e aves em risco de extinção habitam a Área de Preservação Permanente (APP) da Fider Pescados, maior empreendimento de processamento de tilápia do Estado de São Paulo, em Rifaina. A propriedade catalogou 133 espécies de mamíferos, répteis e aves que integram a fauna da mata preservada, que protege o complexo de produção de peixes de cultivo.

“A coleta de dados envolveu uma série de iniciativas, como utilização de armadilhas fotográficas, colocadas em pontos estratégicos da área, e de outros equipamentos para melhor observação dos animais. Os moradores de Rifaina também participaram do processo ao responder questionários, dentro e fora da zona estudada, que auxiliaram o registro nominal das espécies”, informa o médico-veterinário Juliano Kubitza, gerente de operações da Fider Pescados.

A pesquisa das espécies mostrou que as aves representam 66,91% do total de animais presentes na APP. Mamíferos e répteis são 15,04% e 18,05%, respectivamente.

Juliano Kubitza destaca que a pesquisa foi fundamental para saber quais espécies precisam de mais atenção, considerando risco de extinção. Essa avaliação possibilitou a realização de diversas iniciativas para preservação.

“Nosso objetivo é interferir minimamente nas áreas que fazem parte do remanescente florestal e da área de preservação permanente da nossa propriedade. Por isso, instalamos transpositores de fauna, ligando os maciços florestais. Eles facilitam a locomoção dos animais por cima das vias terrestres. Outro ponto chave foi a realização do reflorestamento da área de preservação permanente” explica Kubitza.

O recolhimento dos dados sobre a fauna da Área de Preservação Permanente da Fider Pescados faz parte do estudo que concedeu à empresa a certificação internacional BAP – Best Aquaculture Practices (Melhores Práticas de Aquicultura), no quesito de Fauna, Flora e proteção dos recursos hídricos. A certificação é baseada nos objetivos de desenvolvimento sustentável conforme ONU 2015 e é aceita em todo o mundo.