Genética qualificada de criatórios brasileiros desfilará na pista da Fenovinos
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Um dos grandes momentos esperados para a 35ª edição da Fenovinos, que se realizará de 17 a 21 de maio no Parque Agrícola e Pastoril, em Uruguaiana (RS), será o desfile de genética nos julgamentos. Pelo menos 12 raças, incluindo as variedades naturalmente coloridas, deverão apresentar seus candidatos a fazer história e se consagrarem como vencedores da exposição.

Mas para se chegar a este patamar, o caminho é longo e começa antes ainda do nascimento, como explica a superintendente de Registro Genealógico da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco), Magali Moura. “A importância genética destes animais que são apresentados em pista vem desde que eles nascem. Dentro da Arco, eles têm o controle desde que a mãe é fecundada, com as informações zootécnicas do criador”, explica. 

Magali salienta que os exemplares até os cinco meses têm que passar por uma seleção dos inspetores técnicos para ver se estão dentro daquele padrão racial. Já até aos oito meses eles recebem uma confirmação que é quando entram na vida reprodutiva e em exposições. “Para que este animal seja confirmado, ele passa por uma avaliação do inspetor técnico, lembrando que a Arco tem que ter todas as comunicações relativas à história dele como: mãe, pai, quando a mãe foi coberta, quando ele nasceu, inspeção ao pé da mãe e a inspeção final que é a nossa confirmação. Só são confirmados os animais que estejam dentro do padrão da raça em que estão sendo avaliados e os nossos inspetores procuram selecionar os melhores dentro destes rebanhos”, observa.

Para as exposições, conforme a superintendente, os criadores, junto com o inspetor, selecionam seus melhores animais, sendo seu melhor macho, sua melhor fêmea, um bom reprodutor para ser exposto dentro do padrão racial, o melhor dentro da aptidão dele, seja carne ou seja lã. E eles vão à julgamento conforme a sua idade. “Esses animais que chegam no Parque de Exposições têm um histórico por trás. Não é um indivíduo qualquer que é levado para ser exposto. Ele é avaliado, é controlado. E lá na pista ele concorre com os animais dentro da categoria da sua mesma idade ou próximo”, destaca. 

Além disso, Magali lembra, ainda, que para entrar na exposição os animais passam pelos jurados de admissão e são novamente os inspetores técnicos que avaliam se estão dentro do que é esperado no regulamento da Arco. Só depois eles vão para um julgamento de classificação, no qual, na maioria das raças, existe um colégio de jurados. “Esse colégio é formado por zootecnistas, veterinários e agrônomos que fazem cursos e acompanhamentos realizados com jurados efetivos. São pessoas que têm conhecimento na raça a ser julgada”, complementa.

Enquanto isso, os preparativos no Parque Agrícola e Pastoril estão a todo o vapor para receber os animais e os visitantes. De acordo com o inspetor Técnico da Arco, Ronaldo Carpes da Costa, a entidade, juntamente com o Sindicato Rural de Uruguaiana e a Casa da Ovelha, realizadoras da 35ª edição da Fenovinos, trabalham nos ajustes do evento. “Estamos com uma expectativa muito boa de participação de animais uma vez que temos feito contatos com os presidentes de associações de raças e todos estão entusiasmados em vir para Uruguaiana. Estamos com os últimos preparativos no parque para recepcionar todos os presentes com uma estrutura de bretes e galpões, ajeitando para ter acomodações para todos que virão”, informa.