A safra de café do Brasil neste ano foi estimada nesta quinta-feira em 55,2 milhões de sacas de 60 kg, declínio de 0,9% em relação à projeção do mês anterior e crescimento de 5,5% em relação a 2022, apontou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A variação negativa ante previsão do mês passado se deve a declínios na expectativa para grãos arábica e canéfora (robusta/conilon).
Para o café arábica, a produção foi estimada em 38,3 milhões de sacas de 60 kg, recuo de 0,4% em relação ao mês anterior, mas uma alta de 13% ante o ano anterior.
“Para 2023, a bienalidade da safra deve ser negativa. Contudo, como não houve maiores problemas climáticos durante o inverno de 2022 e as chuvas foram abundantes, aguarda-se um aumento da produção, havendo, portanto, uma ‘inversão de bienalidade'”, disse o IBGE.
Com a seca e geadas em 2021, os ciclos produtivos em muitas áreas foram invertidos –o arábica oscila entre anos de maiores e menores produtividades.
Para o café canéfora, a estimativa da produção ficou em 16,9 milhões de sacas de 60 kg, declínio de 2% em relação ao mês anterior. O IBGE também vê uma queda de 8,2% para a safra de grãos dessa variedade na comparação com o ano passado.
CANA
O IBGE estimou ainda nesta quinta-feira a produção de cana-de-açúcar do Brasil em 2023 em 666,5 milhões de toneladas, com alta de 5,4% frente ao mês anterior e de 6,5% ante 2022.
“O crescimento da safra deve-se à chuva, principalmente, em janeiro e fevereiro de 2023. Além disso, não ocorreram geadas e déficit hídricos na fase de desenvolvimento da cultura, fatores que influenciaram nos resultados das safras dos últimos três anos”, concluiu o IBGE.