Ministro de Minas e Energia propõe acordo comercial para venda de hidrogênio para Alemanha
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A ideia seria estabelecer um investimento contratual, com demanda firme e previsibilidade, segundo afirmou Silveira em declaração à imprensa.

Com isso, seria possível desenvolver o parque industrial brasieleiro para atender à cadeia de produção.

Silveira classificou a proposta como “embrionária”, mas destacou que os interesses dos dois países convergem. “Essa é uma ideia para ser avaliada pelo governo alemão”, resumiu.

“Temos hoje muitas plantas P&D, de pesquisa e desenvolvimento, que são parques industriais menores, na produção do hidrogênio”, destacou Silveira, cujo estado natal, Minas Gerais, é um dos que mais avançam no país no setor de hidrogênio.

A sugestão de Silveira foi entregue ao vice-chanceler e ministro de Assuntos Econômicos e Ação Climática da Alemanha, Robert Habeck, que viajou a Brasília para assinar novos termos relativos à Parceria Energética Brasil-Alemanha, firmada em 2008.

Habeck declarou que as conversas com o MME têm sido positivas e que o objetivo em comum é “extremamente concreto”.

Os detalhes do termo assinado nesta segunda (13/3) não foram divulgados pelo MME até o fechamento deste texto.

Além do hidrogênio verde, Silveira também disse que o Brasil tem interesse em desenvolver parcerias no setor de mineração com a Alemanha, sem entrar em detalhes.

Além do encontro com Silveira, Robert Habeck cumpriu agenda com o chanceler Mauro Vieira, para tratar do acordo comercial Mercosul-União Europeia, segundo o Itamaraty.

A agenda no Brasil inclui a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva e o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin.

Habeck também participou da abertura do Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA), sediado este ano em Minas Gerais.

Em janeiro, o chanceler alemão Olaf Scholz esteve no Brasil, em uma agenda política com o presidente Lula. Além dos temas econômicos, membros da União Europeia buscam a colaboração brasileira no isolamento da Rússia, passado um ano da invasão da Ucrânia.

Na época, Scholz classificou o encontro de “um novo capítulo nas relações entre os países”. Afirmou que energias renováveis e o hidrogênio verde serão centrais na colaboração entre os países.