As entregas de fertilizantes no Brasil devem a correr de forma mais lenta durante o plantio das culturas na temporada 2023/24. Mais precavidos, as decisões dos produtores se prolongam e espera de como os preços se comportarão nos mercados de insumos e de comodities. Sem concentração e demanda pausada nas aquisições, as compras vão avançar para o próximo mês de janeiro, enquanto as áreas de segunda safra devem continuar em ritmo crescente.
O conflito no leste Europeu entre Rússia e a Ucrânia, de onde vinham cerca de um quarto das importações brasileiras de fertilizantes, trouxe intensa preocupação na conjuntura do ano passado. Como estratégias especiais, a diplomacia brasileira programou visitas que envolveu negociações com países produtores do insumo. O resultado em termos de colheita veio com a produção recorde de grãos na safra 2022/23, mesmo com custos elevados.
A rentabilidade da agricultura passa por encolhimento neste ano, depois de um período com margens de comercialização favoráveis, apesar dos problemas climáticos ocorridos, com quebras de colheita. Ainda que faltando as importações deste quarto trimestre, os níveis alcançados são satisfatórios, sem risco de disponibilidade, quando se toma de referência os volumes verificados em anos anteriores: as quantidades internalizadas em 2022, de 27,209 milhões de toneladas, ficaram acima aos de 2023, com 24,692 milhões (-9,2%).