De acordo com o órgão norte-americano, a produção de carne este ano deve chegar a 59,6 milhões de toneladas, 500 mil toneladas a mais que o apontado no relatório anterior. No ano passado, foram 59,3 milhões de toneladas.
Segundo a estimativa, os dois maiores produtores da proteína vermelha nesse ano serão, respectivamente, os Estados Unidos, com 12,6 milhões de toneladas, e o Brasil, com 10,65 milhões de toneladas. Para Cristiano Botelho, executivo da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), “esse resultado positivo em um ano com preço achatado da arroba e de cenário desafiador para o pecuarista é influência direta de crescente investimento em genética, saúde e nutrição animal”.
“É incrível o que um importante investimento nessas áreas é capaz de fazer. Na genética, por exemplo, o custo não chega a 2% do total gasto pelo pecuarista para produção de 1 kg de carne. Assim como na sanidade e na nutrição animal. A partir do momento em que mais pecuaristas têm acesso de forma democratizada a essas tecnologias, o Brasil se solidifica como uma potência ainda maior do que já é. Temos muita área a avançar e a Asbia segue colaborando com essa democratização”, destaca Botelho.
A estimativa aponta um cenário importante que é tendência há anos: o crescimento na demanda por carne no planeta – influência do crescimento populacional global, especialmente nos países emergentes. O consumo global em 2023 é projetado em 57,8 milhões de toneladas, 300 mil toneladas a mais do que 2022. Só no Brasil, o consumo será 200 mil toneladas maior, saltando de 7,5 milhões (2022) para 7,7 milhões de toneladas em 2023.
“A democratização da genética de qualidade é um ponto chave para atender a demanda cada vez maior. Somos um dos principais produtores de carne bovina e o maior exportador, colaborando com a segurança alimentar de cerca de 1 bilhão de pessoas. Isso mostra a importância dos pecuaristas brasileiros em alimentar a população mundial”, conclui o executivo da Asbia.