As atividades da primeira turma do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), na área de Olericultura, encerrou as atividades, recentemente, com apresentação de resultados no município de Caraí, no Vale do Jequitinhonha. O curso foi promovido pelo Sistema Faemg Senar em parceria com o Sindicato dos Produtores Rurais de Teófilo Otoni. Trinta produtores rurais, a maioria mulheres, participaram do ATeG, que levou aos participantes assistência em gestão da propriedade e técnicas de produção. O ATeG é direcionado a pequenos e médios produtores que nunca receberam assistência técnica e gerencial de forma regular.
O técnico de campo Robson Pinheiro de Souza foi o responsável pelas instruções levadas aos produtores rurais, desde abril de 2021, quando o ATeG Olericultura teve início em Caraí.
“Foi um ATeG muito importante para a região. Os produtores participantes tiveram um desempenho muito bom. É fundamental destacar os bons índices alcançados, houve melhoria na qualidade dos produtos, diversificação da produção e aumento das receitas nas propriedades. Além do ATeG os participantes também participaram de variados cursos de Formação Profissional Rural (FPR) e Promoção Social (PS) do Sistema Faemg Senar, ligados à olericultura. Apenas em 2022 foram mais de 30 cursos foram promovidos e cerca de 360 produtores capacitados. Todo esse trabalho trouxe melhoria na qualidade de vida e aumento da renda das famílias atendidas”, declarou Robson Pinheiro de Souza.
O supervisor do ATeG Leandro Gonçalves enalteceu a participação dos produtores e destacou a importância do programa para a região.
“Foi um programa de extrema importância para os produtores da região. Ao longo dos dois anos de atendimento, foi possível fazer o treinamento de qualificação e capacitação desses produtores na gestão e na parte técnica da propriedade, visando aumento de produtividade e redução de custos. Após a participação dos produtores nos cursos promovidos durante o ATeG, eles estão aptos a darem continuidade nos trabalhos desenvolvidos dentro da propriedade”, disse Leandro Gonçalves.
Depoimentos de participantes
“A minha área produtiva é pequena e tinha pouca possibilidade para crescer. Por meio do trabalho promovido pelas visitas técnicas foi possível chegar no resultado planejado no ATeG. Fiz dois cursos, um de Olericultura Tratos Culturais e Olericultura Implantação e participei do curso de gestão de negócios ATeG. Com a realização dos cursos foi possível melhorar o trabalho técnico e gerencial, que já vinha sendo desenvolvido no ATeG. Hoje, meus produtos são comercializados para clientes fidelizados via WhatsApp e nos programas PAB (Programa Alimenta Brasil) e PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar).” destacou a produtora rural e participante do ATeG, Eliana Rodrigues Ferreira.
Foram dois anos com muito aprendizado, desde a escolha das sementes, local para plantio, adubação correta, mudança das mudas no momento propício, tempo certo para colher, prevenção de pragas e diversificação das verduras cultivadas. Aprendi a anotar tudo, fazer fluxo de caixa e descartar o que te dá lucro ou não. Também participo dos programas como PAB e PNAE. Tenho muito orgulho de hoje ser produtora rural, uma mulher empoderada, que sustenta quatro filhos por meio da olericultura”, ressaltou a produtora rural e participante do ATeG, Daniela Conceição Souza.
“Durante dois anos foi um grande aprendizado que irei levar para a vida toda. Aprendi como uma semente de boa qualidade faz a diferença e que a terra, assim como um solo bem preparado e adubado são fundamentais para a produção de uma boa horta. A produção contínua é muito importante para que não falte mercadoria para atender bem os clientes e os programas PAB e PNAE. E tudo isso passa por um planejamento rigoroso, anotar tudo, como entregas, dia de plantar, adubar, valores, gastos em insumos, transporte, enfim. Tudo deve ser cuidadosamente planejado e isso nós aprendemos no ATeG”, afirmou a produtora rural e participante do ATeG, Maciléia Nunes Oliveira.
