“O rúmen é um grande fermentador, contendo centenas de bilhões de micro-organismos. Se ele está em boas condições, contribui bastante para o sucesso produtivo. Porém, perturbações ruminais podem resultar em desempenho inadequado e impacto negativo sobre a rentabilidade da fazenda, já que haverá perdas em termos de eficiência alimentar”, afirma Melina Bonato, gerente global de P&D da ICC, empresa líder em soluções nutricionais naturais à base de leveduras para produção animal.
A especialista explica que carboidratos não-estruturais e estruturais compõem a maior parte da dieta das vacas leiteiras. Eles são fermentados pelos micro-organismos do rúmen e convertidos, principalmente, em ácidos graxos voláteis, os quais fornecem de 70 a 80% das necessidades energéticas do animal. “Esses ácidos são prontamente absorvidos pelo rúmen, possibilitando à vaca direcioná-los para a produção de leite. No entanto, o desequilíbrio entre carboidratos estruturais e não-estruturais pode levar à superprodução de ácido láctico e acidose ruminal, comprometendo a saúde desse órgão digestivo vital”.
Melina Bonato enfatiza que “a manutenção do rúmen saudável e seu bom funcionamento, impactará na digestão destes carboidratos, ou seja, sobre a digestão das fibras que fornecem energia para a produção de leite e mantêm o equilíbrio da microbiota ruminal e produção dos ácidos graxos voláteis para sintetizar a gordura do leite.”
Um método eficaz de ajustar e equilibrar a dieta das vacas leiteiras para proteger a saúde ruminal é adicionar componentes a base de leveduras à alimentação dos animais. “A suplementação de aditivos a base de leveduras pode ajudar na modulação da população de bactérias que utilizam ácido láctico e bactérias digestoras de fibras, o que ajuda a manter a saúde ruminal das vacas e o níveis de produção de leite”, diz a especialista da ICC.
