Soja volta a subir em Chicago nesta 5ª feira com foco no clima adverso do Corn Belt
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Os preços da soja voltam a subir nesta quinta-feira (27) na Bolsa de Chicago, depois da estabilidade da sessão anterior. Por volta de 6h40 (horário de Brasília), os preços subiam de 9,25 a 22,75 pontos nos contratos mais negociados, com o agosto sendo cotado a US$ 15,66 e o novembro a US$ 14,28 por bushel. 

O mercado opera do lado positivo da tabela ainda apoiado nas preocupações com as condições de tempo nos EUA, que deve ainda sofrer com o calorão e as chuvas limitadas nos próximos dias, segundo os especialistas e as previsões. 

Para o mercado, que já vem precificando estas condições, a maior preocupação não é o cenário isolado do calor, como explica o diretor da Pátria Agronegócios, Cristiano Palavro. 

“O calor não é algo incomum para este período do ano por lá. A preocupação é pelo fato de termos a soma de calor forte, com solos já com umidade baixa em boa parte das regiões produtoras, com previsões que não mostram muita chuva nos próximos 10 dias”, diz. As imagens abaixo trazem os mapas do NOAA, o serviço oficial de clima dos EUA, indicam que no período dos próximos 6 a 10 dias – de 1 a 5 de agosto – as temperaturas deverão ficar acima da média e as chuvas, na maior parte do Corn Belt. Sobre as chuvas, as regiões que mais preocupam são estados como Iowa, Minnesota, Wisconsin, o leste das Dakotas e o norte de Illinois e Indiana, onde os volumes esperados devem ficar abaixo ou dentro da média. 

“Se tudo isso se confirmar, podemos ver um movimento de reversão da melhora que estamos observando nas últimas três semanas, aumentando, portanto, a percepção que a produtividade de 52 bushels por acre (58,8 sacas por hecatre) é uma produtividade muito alta para a realidade atual. E isso sim, tem efeito para dar suporte ao mercado em Chicago”, complementa o diretor da Pátria. O novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) chega no dia 11 de agosto e as expectativas são de que o rendimento das lavouras americanas sejam corrigidos para baixo.