Trigo argentino vem perdendo vigor
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As lavouras argentinas estão passando por um período climático diversificado que afeta tanto positiva quanto negativamente a produção agrícola do país. De acordo com o último boletim do INTA (Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária), chuvas e tempestades foram registradas em Corrientes, Misiones e no sudoeste da região Pampeana, em alguns casos acompanhados de granizo. Essas precipitações são vitais para a umidade do solo, especialmente nas áreas onde o trigo se encontra em fase de floração ou mesmo de enchimento de grãos.

No entanto, a mesma informação do INTA revela que as heladas e as baixas temperaturas, especialmente no centro e sul do país, estão ocorrendo entre 2 e 5 dias, o que pode ser crítico para as lavouras em áreas como o sul de Buenos Aires. Essas condições podem prejudicar a fase de perfilhamento ou elongação do trigo.

Para agravar ainda mais a situação, as temperaturas máximas registradas na parte centro-norte do país superaram os 36°C. Essas condições extremas de temperatura podem afetar a qualidade dos grãos e a saúde geral das plantas, podendo resultar em perdas significativas se persistirem.

Quanto ao estado do trigo, é maioritariamente bom, segundo o INTA. A cultura finalizou o crescimento vegetativo em Buenos Aires e se encontra entre a floração e o início do enchimento de grãos em Córdoba, Entre Ríos e Santa Fé. Em contrapartida, em Corrientes, Chaco e Santiago del Estero, o cereal já finalizou o enchimento e até iniciou a etapa de maturação em algumas áreas. Essas diferenças nas etapas do cultivo se devem principalmente a diferentes variedades, tanto de ciclo curto quanto de ciclo longo.

Contudo, a falta de precipitações significativas começa a ser um fator limitante, principalmente no centro e oeste das áreas plantadas. A água é essencial para essas fases de crescimento e desenvolvimento do trigo, e a escassez hídrica pode comprometer a qualidade e a quantidade da produção final.

No monitor da qualidade das lavouras nota-se uma redução gradativa do vigor, onde as áreas classificadas como regular vêm aumentando, além de um setor considerado como “regular a ruim”.

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