Dados revelam que o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) irá crescer no ano de 2023. Segundo os dados disponibilizados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), serão arrecadados cerca de R$1,179 trilhões neste ano, obtendo-se um aumento de 3,8% se comparado ao valor de 2022 de R$1,135 trilhões.
De acordo com Leonardo Sodré, CEO da GIROAgro, uma das maiores indústrias de fertilizantes do país, “a produção brasileira vem crescendo ao longo dos anos com adoção de tecnologias e utilização de fertilizantes, resultando em novos recordes. Os Estados vêm protagonizando suas especialidades e técnicas, gerando resultados que impactam na nossa visibilidade agronômica no mercado mundial”.
O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) é um índice que analisa o desempenho das lavouras e da pecuária no decorrer do ano, sendo a base de cálculo feita a partir da produção agrícola, pecuária e dos preços recebidos pelos produtores agropecuários nacionais.
Apesar do valor projetado ser um pouco inferior em relação ao mês de abril devido à redução de preços de produtos como milho e soja, que possuem forte influência no cálculo e que tiveram uma baixa, respectivamente, de 8,93% e 14,37% em relação ao mês anterior, o valor ainda assim é considerado pelo Departamento de Análise Econômica e Políticas Públicas do Ministério da Agricultura um recorde, desde o início do estudo em 1989.
O valor é influenciado pelos preços agrícolas sendo os cinco produtos mais relevantes para esta conta a soja, o milho, a cana-de-açúcar, o café e o algodão, que correspondem a 58,25% do VBP total. Já no ranking dos estados que mais influenciam no demonstrativo estão: Mato Grosso, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Goiás, que segundo os dados, irão gerar, neste ano, 60,4% do VBP do país.
Para o ano de 2023, a projeção é de que as lavouras tenham um faturamento de R$835,5 bilhões neste ano, 6,3% acima do obtido no ano passado. Podendo ser considerados destaques as safras de amendoim, arroz, banana, cacau, cana-de-açúcar, feijão, laranja, mandioca, milho, soja e tomate.
Já a pecuária tem expectativa de R$343,8 bilhões, uma diminuição de 1,8% em relação ao ano passado. Sendo os pontos positivos a carne suína, leite e ovos, enquanto os pontos negativos ficaram com a carne bovina e de frango que apresentaram, respectivamente, uma diminuição de 7,3% e 6%.
“É necessário manter pesquisas no radar para que especialistas do Agro e pesquisadores possam se adaptar em busca de alcançar maiores tetos produtivos. Se mantivermos o ritmo de investimentos, aprimoramento de técnicas e desenvolvimento tecnológico, novos recordes serão batidos nas próximas safras”, finaliza Sodré.