A implantação do projeto de agroinovação LabCerrado segue em ritmo acelerado. A iniciativa da VLI – companhia de soluções logísticas que opera terminais, ferrovias e portos – e da Embrapa Cerrados prevê uma área 10 milhões de hectares com potencial para ser trabalhada. O objetivo é impulsionar a produção de grãos em regiões selecionadas de Cerrado, no Tocantins (Porto Nacional e Araguaína), Goiás e Minas Gerais (Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas). O projeto, que também beneficiará o Espírito Santo, fomenta práticas sustentáveis nos polos agrícolas desses estados.
Para este ano, há a possibilidade de captação de até R$ 20 milhões em novas parcerias. O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Minas Gerais e de Tocantins (Aprosoja) já são parceiros do projeto. Em 2022, os investimentos somaram R$ 11 milhões.
A previsão até o final de 2023 é que estejam em operação 30 unidades produtivas, dez unidades experimentais de agroinovação, quatro unidades especiais de referência para inovação e três escritórios regionais. O objetivo é estruturar o programa de aceleração de unidades produtivas rurais baseadas na produção de cultivos anuais de grãos (soja e milho), bem como em pesquisa, desenvolvimento e otimização de tecnologias.
“O LabCerrado vem para trazer inovação, pesquisa e tecnologia como aliadas para o fortalecimento da produção da área de influência do programa, privilegiando as questões ambientais e aumentando as possibilidades do desenvolvimento socioeconômico dos Estados envolvidos no projeto. É o que chamamos de valor compartilhado nas atividades da VLI”, destaca o gerente de Fomento da companhia, Edson Zacarias.
O LabCerrado se divide em várias frentes e uma delas passa pela construção de perfil de solo. Experimentos estão sendo realizados em algumas propriedades para serem replicadas para os demais produtores e, incluem remineralizadores de solo, cobertura de solo e genética adaptada, tecnologias existentes que precisam ser otimizadas.
Aumento de cargas nos portos capixabas
A Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) possui uma conexão direta com as regiões abrangidas pelo LabCerrado e a evolução do programa poderá gerar um aumento significativo de cargas para o Espírito Santo. Essa proximidade facilita o escoamento eficiente e competitivo da produção, reduzindo custos de transporte para os produtores.
Atualmente, a FCA está em processo de renovação antecipada da concessão pelo governo federal.
A VLI já movimenta 25 milhões de toneladas anuais de cargas no Espírito Santo sendo que 15 milhões de toneladas são exportadas ou importadas.