reforma do Imposto de Renda proposta pelo governo Lula impõe cobrança de 10% a quem ganha R$ 1,2 milhão por ano ou mais. Quem ganha até R$ 600 mil/ano está fora dessa nova cobrança adicional.
Entre os dois valores, a cobrança é progressiva: quanto maior a renda, maior o percentual cobrado. Não são alíquotas fixas por faixas de renda, mas uma fórmula. Cada renda tem a sua taxa. Há uma enorme diferença entre os valores.
Por exemplo:
- Renda de R$ 650 mil por ano: pagará 1,5% = R$ 9.750,00,
- Renda de R$ 750 mil por ano: pagará 4% = R$ 30 mil;
- Renda de R$ 800 mil por ano: pagará 5% = R$ 40 mil;
- Renda de R$ 1 milhão por ano: pagará 8% = R$ 80 mil;
- Renda de R$ 1,2 milhão por ano: pagará 10% = R$ 120 mil.
O valor pode ser menor, porém. A pessoa física poderá descontar o que já tenha pago de Imposto de Renda sobre salário ou sobre rendimentos de aplicações financeiras, por exemplo.
As taxas cobradas pelo novo Imposto de Renda são aplicadas à soma de todas as rendas de cada contribuinte pessoa física. Ou seja, incide sobre a soma de salário, rendimentos financeiros, aluguéis e (se for aprovada a lei) dividendos e distribuição de lucros.
Essa cobrança deve render cerca de R$ 35 bilhões por ano à Receita e visa compensar o aumento da isenção da cobrança de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês. O aumento da isenção deve beneficiar cerca de 10 milhões de contribuintes
Para entrarem em vigor, as novas regras do IR terão que ser aprovadas pelo Congresso. Isso só deve acontecer no ano que vem. Portanto, mesmo se aprovadas, as regras são poderão entrar em vigor a partir de 2026.