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Pré-candidato à Presidência pelo Pros, o coach Pablo Marçal culpou a mídia brasleira nesta sexta-feira, (1º.jun.22) pelo fracasso da 3ª via nas eleições de 2022. Ele disse que a mídia boicota a terceira via, centrando foco na polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o pré-candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva.

“Não podemos condenar o povo brasileiro a escolher entre quem não quer mais e quem não deseja de volta, mas essa condenação parece ser o desejo da mídia com boicote explícito aos demais candidatos, sabotando a terceira via”, criticou Marçal.

Ele apontou que há brasileiros abaixo da linha da miséria no meio dessa polarização dos candidatos que apostam na manutenção da pobreza como plano de perpetuação de poder.

“Os brasileiros precisam conhecer novas ideias, acessando um debate mais amplo para fazer as melhores escolhas em outubro”, avaliou Pablo Marçal. “Mas esse grande debate está sendo – repito – boicotado pela mídia “, acrescentou.

O pré-candidato do Pros sustentou “que o cerceamento da terceira via” inviabiliza o poder de escolha dos brasileiros. E prejudica especialmente os que mais precisam de mudanças agudas, com potencial para transformar o Brasil em um país rico e mais justo para todos.

“Eu torço pelo povo brasileiro para, juntamente com o Congresso, encontrar o equilíbrio que destrave a nação e ponha comida na mesa das pessoas, porque a vida delas é o que importa”, finalizou Marçal.

MOTIVOS DO FRACASSO DA 3ª VIA 

Faltam menos de três meses para o 1º turno das Eleições de 2022 e vários nomes já surgiram como pré-candidatos para a disputa presidencial – com direito até a desistência surpreendente de última hora.

A tendência, segundo as pesquisas é de que o pleito deste ano seja intenso e polarizado, entre Lula (líder) e Jair Bolsonaro (2º colocado).

Apesar da afirmação do candidato do Pros, algumas coisas levaram a terceira via ao fracasso. Exceto Ciro Gomes (PDT), até hoje, nenhum dos nomes que se apresentaram estão de pé. Mesmo com grande projeção no universo da política nos últimos anos João Doria (PSDB) e Sergio Moro (União Brasil) não iam bem nas pesquisas até que abandonaram suas pré-candidaturas para presidente mesmo. Outros possíveis nomes, como Eduardo Leite (PSDB) e Aldo Rebelo (sem partido) também optaram por desistir.  

Na última pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira (23.jun.22), Marçal teve 1%, patamar que se manteve inalterado entre evangélicos e jovens de 16 a 24 anos. Vale explicar que a mídia não cria as pesquisas, ela apenas as divulga, desse modo, o ataque do candidato do Pros é esvaziado de fundamentação.  

RITO 

O primeiro turno das eleições acontecerá em 2 de outubro, enquanto o eventual segundo, está previsto para o dia 30 do mesmo mês.

Os partidos têm entre 20 de julho e 5 de agosto, para realização de convenções (conhecidas por serem grandes eventos em que os nomes mais importantes do partido estarão presentes e apoiam determinada candidatura) destinadas a escolher candidatos a presidente e vice-presidente da República.

As siglas têm até 15 de agosto para oficializar os registros das candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quando então os eleitores saberão de fato quem irá participar do pleito.

PRÉ-CANDIDATOS (AS) ALTERNATIVOS A POLARIZAÇÃO

Há outros pré-candidatos se apresentando como uma opção a Lula, Bolsonaro e Ciro.  

André Janones, de 38 anos, é pré-candidato à Presidência pelo Avante, partido pelo qual ocupa o cargo de deputado federal por Minas Gerais desde 2019. Mineiro de Ituiutaba, ele é advogado e chegou a viralizar nas redes sociais em 2018, à época da greve dos caminhoneiros.

José Maria Eymael, o Eymael (DC), 82 anos, é pré-candidato à Presidência. Natural de Porto Alegre (RS), fez carreira como advogado, mas também no ramo de marketing e comunicação. Lá atrás, em 1962, ele se filiou ao antigo Partido Democrata Cristão, e, em 1986, se elegeu deputado federal por São Paulo na Assembleia Constituinte, e foi reeleito no pleito seguinte. Esta é a 6ª vez que Eymael será o pré-candidato.

Leonardo Péricles (UP), 40 anos, é pré-candidato à Presidência. Nasceu em Belo Horizonte (MG) e tem histórico de militância no movimento estudantil – ele já foi eleito eleito diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE) de Minas e, em 2011, passou a integrar o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), e liderou ocupações urbanas e protestos de junho de 2013 em Belo Horizonte. Em 2020, concorreu à vice-prefeito da capital mineira.

Simone Tebet (MDB), é pré-candidato à Presidência. Senadora por Mato Grosso do Sul, Simone ganhou destaque nacional ao desvendar os escândalos da CPI da Covid-19 em 2021. Ela foi uma das senadoras que sofreu machismo por parte de depoentes na comissão à época. Tem 52 anos, é natural de Três Lagoas (MS) e formou-se em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Com carreira consolidada como advogada e professora, em 2002 foi eleita deputada estadual e iniciou sua vida na política institucional. Ela foi prefeita de Três Lagoas por 2 mandatos e foi vice-governadora, em 2010. Ao chegar ao Senado, em 2014, liderou a primeira bancada feminina, foi a primeira mulher a presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e participou da CPI da Covid. Agora tenta se consolidar como a pré-candidata da “terceira via” nas eleições de 2022.  

Sofia Manzano (PCB) Sofia Manzano, 51 anos, é pré-candidato à Presidência. Paulista e doutora em História Econômica pela Universidade de São Paulo (USP). Ela atua como professora e dá aulas na Bahia. Em 2014, disputou a vice-presidência pelo PCB, sigla para Partido Comunista Brasileiro, que foi fundado em 1922. Manzano deu início à sua vida política em 1989. A partir de 2013, passou a integrar o movimento sindical pelo direito dos professores no país. 

Vera Lúcia (PSTU) nasceu em Inajá (PE). Com 54 anos,  é pré-candidato à Presidência. Ela é socióloga formada pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Ainda criança, se mudou com a família para Aracaju (SE) e lá trabalhou como garçonete, datilógrafa e, ao entrar na indústria de calçados, se envolveu com o movimento sindical. Ela é uma das fundadoras do PSTU, sigla para Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado. O partido foi criado em 1992, a partir de um grupo que saiu do Partido dos Trabalhadores. Vera Lucia já foi candidata à presidência da República na eleição presidencial de 2018, obtendo 55.762 votos, ou 0,05% dos votos válidos. Em 2022, ela é a pré-candidata pelo partido.

E por fim o coach, Pablo Marçal (Pros), é pré-candidato à Presidência. Natural de Goiânia (GO), Pablo Marçal tem 35 anos, é natural de Goiânia e é bacharel em Direito. Além de empresário e consultor, Marçal é coach e influenciador digital e já publicou livros com foco em desenvolvimento pessoal. Ele tem 3 milhões de seguidores nas redes sociais. Falamos dele recentemente aqui no MS Notícias, depois que ele levou um grupo de 32 pessoas para uma trilha sem guia em São Paulo, e o resgate do Corpo de Bombeiros teve de ser acionado e gerou discussão sobre insegurança de processos como este, feitos sem supervisão. Em maio deste ano, ele foi oficializado como pré-candidato.