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Com patrimônio de mais de R$ 100 milhões, decidiu contratar cinco defensores importantes para batalha jurídica que pode levar anos: provar que o julgamento na Itália deve ser anulado. E não passar nove anos na cadeia

Não quer ser o “Daniel Alves” do Brasil.

Entendeu que de nada adianta ter um patrimônio de mais de R$ 100 milhões e passar nove anos de sua vida preso para cumprir pena que a justiça italiana decretou, por estupro coletivo.

E optou por contratar os “melhores advogados do país” para buscar uma saída jurídica diante da enrascada em que se envolveu.

De acordo com especialistas, a bancada de defensores do jogador é caríssima. Mas de extrema vivência para enfrentar o STJ (Superior Tribunal de Justiça), que estuda, a pedido do Ministério da Justiça, homologar a sentença decretada na Itália. E fazer com que Robinho cumpra a pena de nove anos de cadeia no Brasil.

É mais do que público que já foi negado o pedido de extradição de Robinho para a Itália porque o Brasil não extradita seus cidadãos. O país europeu pediu, então, ao Brasil que prendesse o atacante, porque ele já foi julgado e teve dois recursos recusados. 

O caso já aconteceu há mais de dez anos. Em janeiro de 2013, em Milão, quando Robinho e mais cinco brasileiros foram acusados de estuprar uma mulher que comemorava 23 anos. Ela estava bêbada, de acordo com o próprio jogador.

Robinho não economizou. Buscou cinco especialistas de renome nacional para, de acordo com amigos do atleta, uma “guerra” no STJ.

José Eduardo Rangel de Alckmin, José Rangel de Alckmin, Paulo Chaves de Alckmin, além de Rodrigo Otávio Barbosa de Alencastro e Pedro Júnior Braule Pinto: três são primos do atual vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.

A linha principal de defesa de Robinho está traçada.

Anular a condenação na Itália.

Com dois itens fundamentais.

O primeiro deles será tentar provar que Robinho não teve direito à ampla defesa. Que o jogador não pôde se defender pessoalmente, pela “pressão” para que fosse preso provisoriamente, antes da sentença, como está acontecendo com Daniel Alves.

O segundo é que a principal prova de acusação — escutas telefônicas, com Robinho confessando o crime e até ironizando o estado de embriaguez da vítima — foi conseguida por meios ilegais.

Ou seja, com a polícia italiana grampeando o telefone e pondo escutas no carro do jogador.

Os advogados brasileiros teriam descoberto que tanto o “grampo” quanto as escutas não teriam a liberação do Ministério Público Italiano. E teriam sido uma iniciativa da polícia italiana.

Daí, a confissão de Robinho não poderia ser usada como prova contra ele.

O novo quinteto de advogados também pretende usar como defesa o fato de que Robinho estaria sofrendo pressão da mídia nacional e internacional, que o desejaria preso, para servir de exemplo. Para que se transformasse em uma espécie de “Daniel Alves” nacional.

A guerra jurídica no Brasil pode levar anos, de acordo com especialistas.

Há caminhos jurídicos para travar a sentença e forçar um novo julgamento de Robinho, desta vez no Brasil. 

Amigos do jogador garantem que a depressão do atleta se transformou em empolgação.

Ele continuará longe de sua cobertura luxuosa em Santos e de sua mansão no Guarujá, no condomínio em que Neymar também tem casa.

Robinho só sai do sítio em que está de máscara, óculos escuros e boné

Robinho só sai do sítio em que está de máscara, óculos escuros e boné

REPRODUÇÃO/TWITTER

Orientado pelos novos advogados, continuará longe da imprensa. 

Como o blog informou, na semana passada, ele foi para um sítio no interior de São Paulo. E raramente sai às ruas. Quando vai, está sempre de máscara, óculos escuros e boné.

A ministra Maria Thereza de Assis Moura exigiu, no dia 23 de fevereiro, que Robinho seja convocado para participar do processo de homologação da pena de nove anos da justiça italiana. 

Só que, até agora, ele não foi encontrado para aceitar pessoalmente a intimação.

O que já foi desespero para Robinho se transformou em euforia.

Mesmo sendo considerado foragido por 195 países, que aceitam como definitiva a condenação por estupro coletivo na Itália, o jogador acredita que conseguirá ficar em liberdade no Brasil.

Graças à bancada caríssima e respeitada de advogados que contratou.

Seu patrimônio milionário assegura uma batalha que pode levar anos.

Agora, segundo a esperança do jogador, de anulação da condenação da Itália.

Pelo menos no Brasil.

E continuar em liberdade no país.

Esquecer o exterior.

O que faz desde 2017…

Do estupro contra jovem em balada a possível prisão no Brasil: relembre tudo sobre o caso Robinho

Robinho
O atacante Robinho foi condenado a nove anos de prisão pelo crime de estupro de uma jovem de 22 anos, em uma boate, em Milão, na Itália. Nesta segunda-feira (27), o Ministério Público Federal acatou o pedido de transferência de execução da pena do ex-jogador. Anteriormente, o ex-Santos deveria permanecer 9 anos preso na Itália. No entanto, com o documento, deve cumprir a detenção em território brasileiro
O crime aconteceu em janeiro de 2013, em uma casa noturna em Milão, na Itália. Na época, Robinho jogava no Milan e saiu para se divertir com os amigos. Embriagada, a jovem albanesa foi levada ao camarim de um músico, amigo de Robinho, como contou o Cidade Alerta, em janeiro de 2022
Robinho
O atacante Robinho foi condenado a nove anos de prisão pelo crime de estupro de uma jovem de 22 anos, em uma boate, em Milão, na Itália. Nesta segunda-feira (27), o Ministério Público Federal acatou o pedido de transferência de execução da pena do ex-jogador. Anteriormente, o ex-Santos deveria permanecer 9 anos preso na Itália. No entanto, com o documento, deve cumprir a detenção em território brasileiro

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O atacante Robinho foi condenado a nove anos de prisão pelo crime de estupro de uma jovem de 22 anos, em uma boate, em Milão, na Itália. Nesta segunda-feira (27), o Ministério Público Federal acatou o pedido de transferência de execução da pena do ex-jogador. Anteriormente, o ex-Santos deveria permanecer 9 anos preso na Itália. No entanto, com o documento, deve cumprir a detenção em território brasileiro
O crime aconteceu em janeiro de 2013, em uma casa noturna em Milão, na Itália. Na época, Robinho jogava no Milan e saiu para se divertir com os amigos. Embriagada, a jovem albanesa foi levada ao camarim de um músico, amigo de Robinho, como contou o Cidade Alerta, em janeiro de 2022
No camarim, a jovem foi abusada por seis homens. Robinho e o amigo Ricardo Falco foram condenados, enquanto os outros quatro deixaram a Itália e foram apenas citados no caso
A Justiça italiana teve acesso a um áudio em que o jogador confessa que teve relação sexual com a albanesa, mas alegava que havia sido consensual. A polícia também encontrou material genético nas roupas da jovem
Advogados do jogador tentaram reverter a situação, mas o recurso foi negado pela Justiça da Itália
Andar iluminado é sinal de Robinho presente, dizem vizinhos
Uma das quadras longe do prédio onde mora tem seu nome
Robinho e Diego Ribas
Robinho
Após as eleições, em janeiro deste ano, o ministro da Justiça do governo eleito, Flávio Dino, afirmou em entrevista que Robinho poderia cumprir a pena no Brasil
Na sequência, em 17 de fevereiro, a Justiça italiana entrou oficialmente com o pedido para que o ex-jogador do Peixe e da seleção cumprisse a pena em solo brasileiro
Na última sexta-feira (24), uma semana depois do pedido da Itália, a Justiça brasileira deu prosseguimento ao processo, e o caso de Robinho foi encaminhado ao STJ. A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Maria Thereza de Assis Moura, determinou nesta quinta-feira (23) que o jogador Robinho seja convocado a participar do processo de homologação da sentença italiana em que ele foi condenado a nove anos de prisão pelo crime de estupro coletivo 
Nesta segunda-feira (27) o Ministério Público Federal acatou o pedido para que Robinho seja preso no Brasil. O órgão entregou à Justiça um parecer concordando com o cumprimento da pena de 9 anos de prisão pelo crime de estupro, que deveria ser cumprido na Itália, país onde o crime aconteceu
A convocação, cujo termo técnico é citação, é a primeira fase do processo de homologação. Com isso, o jogador passa a ser oficialmente informado sobre o andamento do processo
Ainda no Atlético Mineiro já havia a rejeição à Robinho, antes da condenação. Nenhum patrocinador o aceitaria, daí a aposentadoria
Robinho vive normalmente em Santos. Apesar da condenação de nove anos por estupro
Atacante do Milan, Robinho pode deixar o clube e ir para o Santos, o Internacional também tem interesse no atleta
Robinho