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Campo Grande, 15/09/2022 às 07:42

Reconhecer as seguranças de acolhida, de convívio familiar, comunitário e social, e de desenvolvimento de autonomia, individual, familiar e social, afiançadas pelo Sistema Único de Assistência Social. Com esse objetivo, a Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, em parceria com a Associação Anglicana do Brasil, realizou, nesta quarta-feira (14), a implementação do Serviço de Acolhimento Institucional, na modalidade República para Jovens de 18 a 21 anos.

O Serviço, inédito em Mato Grosso do Sul, vai oferecer proteção, apoio e moradia subsidiada a jovens do sexo masculino, maiores de 18 anos em estado de abandono, situação de vulnerabilidade e risco pessoal, com vínculos familiares rompidos, que não tenham condições de moradia e autossustentação.

Na abertura do evento, a prefeita Adriane Lopes disse que a saída desses jovens das unidades de acolhimento da SAS quando chegam à maioridade sempre foi um motivo de preocupação da gestão. “Sempre foi nosso questionamento o que fazer para que esses jovens continuassem recebendo nosso apoio. Foi então que pesquisamos e descobrimos essa modalidade de acolhimento, que é inédita em nosso Estado. Essa nova residência não é só mais um trabalho. São vidas que terão a oportunidade de serem transformadas. Através das mãos de nossos parceiros,  vamos concretizar esse trabalho, que será uma referência para o país, como são outros serviços ofertados por nós”, ressaltou a prefeita, que ainda anunciou parceria com a Fiems para oferecer capacitação também aos jovens residentes na República.

O secretário municipal de Assistência Social, José Mário Antunes agradeceu aos parceiros que ajudaram a tirar o projeto do papel. “Temos muito o que agradecer porque muitos jovens que saem de nossas unidades estão sem um objetivo e precisam de um acompanhamento do Poder Público, e é esse trabalho que a República irá oferecer”, pontuou.

Representando a Paróquia Anglicana da Inclusão, o Reverendo Luciano Neves falou sobre a importância da unidade. “É um momento histórico e emocionante, principalmente para as pessoas que serão beneficiadas porque elas receberão esperança e novas oportunidades. Assim deve ser o nosso esforço em todos os setores da sociedade. Temos que estar atentos às necessidades das pessoas porque no futuro vamos perceber que esse foi o nosso melhor papel”, frisou.

Para o Frei Sérgio Wanderly, também membro da Paróquia Anglicana da Inclusão, a concretização dessa nova modalidade de acolhimento no município é resultado de um trabalho humanizado da gestão. “Cuidar de pessoas é uma vocação e a prefeita Adriane sempre teve esse objetivo. O desafio é grande, mas estamos sonhando juntos”, afirmou.

Estrutura

O atendimento na República, realizado de forma cofinanciada, será destinado aos jovens  desligados de serviços de acolhimento para crianças e adolescentes ou em outra situação que demande este serviço. No total, a unidade disponibilizará dez vagas para jovens entre 18 e 21 anos.

A unidade irá ofertar um atendimento apoiado na qualificação e inserção profissional e na construção de um projeto de vida, proporcionando atividades externas com foco em capacitações, cursos profissionalizantes e inserção no mercado de trabalho, visando a autonomia financeira dos jovens.

A rotina será semelhante à das demais unidades de acolhimento da Rede Municipal de Assistência Social, oferecendo quatro refeições diárias, além do acompanhamento por meio de um coordenador, psicólogo, assistente social, cuidador social, além de auxiliares de serviços gerais.

A SAS conta com quatro unidades de acolhimento que, em média, oferecem 60 vagas para crianças e jovens, além das cinco entidades cofinanciadas que oferecem o mesmo serviço, totalizando mais de 100 vagas.

  Também participaram do ato, a secretária-adjunta da SAS, Thelma Mendes, superintendentes, gerentes e técnicos, além de representantes do Poder Judiciário, do Conselho Municipal de Assistência Social e secretários da gestão municipal.