Já estão sendo julgados em júri popular Stephanie de Jesus e Christian Campoçano pela morte de Sophia O’Campo, de 2 anos, em janeiro de 2023. O julgamento deve ocorrer nesta quarta-feira (4) e na quinta-feira (5). Os réus respondem por homicídio empregado por maneira cruel e motivo fútil. Christian também responderá por estupro e Stephanie, por omissão.
Conforme apurado pela reportagem, o número de testemunhas caiu de 12 para 10, fato que impacta na duração do julgamento. A expectativa é que os réus sejam ouvidos ainda hoje, logo após as testemunhas.
Entre as testemunhas que serão ouvidas durante a manhã, estão; investigador de polícia, médica e médico legista. Duas testemunhas de acusação, arroladas pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) e outras testemunhas de defesa de Stephanie.
Às 13 horas, começam as oitivas de cinco testemunhas de defesa de Christian. Os réus serão ouvidos depois, mesmo que, para isso, avance até à noite.
Já no segundo dia de julgamento serão realizados os debates – acusação e defesa – que deverão ocupar o dia todo, e, por fim, ocorre a votação dos quesitos e sentença.
Caso Sophia
Menina apresentava diversos ferimentos pelo corpo — Foto: Arquivo pessoal/ Reprodução
Sophia Jesus Ocampos, de 2 anos, morreu no dia 26 de janeiro de 2023. Ela foi levada já sem vida pela mãe à UPA do Bairro Coronel Antonino. Segundo o médico legista, o óbito havia ocorrido cerca de sete horas antes.
Em depoimento, a mãe confirmou que sabia que a menina estava morta quando procurou a unidade de saúde. O laudo de necropsia do corpo da menina, emitido pelo Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL), apontou que a causa da morte foi por traumatismo na coluna cervical e confirmou que Sophia foi estuprada.
A declaração de óbito aponta que a causa da morte foi por um trauma na coluna cervical, que evoluiu para o acúmulo de sangue entre o pulmão e a parede torácica. O documento ainda diz que a menina sofreu “violência sexual não recente”.
As idas de Sophia à unidade de saúde eram frequentes. O prontuário médico da menina consta que ela passou por 30 atendimentos médicos em unidades de saúde da capital, uma delas por fraturar a tíbia.