A Inteligência Artificial (IA) ganha cada vez mais espaço em diversos setores da economia. Na indústria, é uma importante aliada para aumentar a produção e, segundo especialistas, não coloca empregos em risco.
“Para inovar na produção industrial e se manter eficiente, é preciso usar as tecnologias digitais e criar cada vez mais fábricas inteligentes”, afirma Rosa Correa, membro do Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE).
O tema foi abordado recentemente por Rosa Correa durante o Futurecom, maior evento de conectividade, inovação e tecnologia da América Latina.
Segundo ela, que também é professora da Universidade Federal do Pará (UFPA), a tecnologia pode ser utilizada para aperfeiçoar a eficiência operacional, gerenciar a cadeia de suprimentos, lançar novos produtos e planejar melhores condições para as equipes de trabalho.
“A coleta de dados e automação por meio de uma Inteligência Artificial consegue fornecer informações mais rápidas do que um humano, gerando padrões e resultados. E com esses resultados o processo vira automático e mais rápido, impactando tanto a produção quanto na redução dos custos”.
Além da parte operacional, a IA pode ser aplicada também em atividades práticas, que oferecem risco a trabalhadores. “A mineração é um setor que vem adotando muito essas tecnologias. Robôs muito bem equipados e controlados com essa IA estão sendo enviados para barragens que têm restrições ou oferecem perigos”.
Porém, para muitos a IA ainda assusta. Alguns trabalhadores encaram o recurso como uma ameaça ao emprego. Rosa Correa reforça que a tecnologia deve ser utilizada como um recurso a mais. “Tem que ser usada para substituir demandas repetitivas e monótonas. A ideia é que o recurso humano seja melhor aproveitado, tendo mais tempo para ser criativo e inovar”.